CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA
[“Você é tão livre no corpo e no espírito quanto a luz refletida da Alma!”]
“A Alma e o corpo”
15 a 21 de novembro de 2021
Estudo preparado por:
Kathy Fitzer de Lake St. Louis, MO, EUA
kathyfitzer@gmail.com
__________________________________________________
Abreviações: Bíblia JFA Revista e Atualizada – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH; Bíblia A Mensagem – MSG; Ciência e Saúde – CS ou C&S; Lição Bíblica – LB; Acampamento dos Cedros – CedarS
__________________________________________________
Introdução
Todo nosso ser – incluindo todas as funções e condições corporais – está totalmente sujeito à lei de Deus. Ao longo desta lição, aprendemos sobre Deus sendo a fonte e o homem sendo o efeito. A chave para a harmonia e a saúde é entender essa relação.
No Texto Áureo, Paulo nos diz, assim como aos Coríntios: “… glorificai a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1Coríntios 6:20). É ótimo ter esta certeza de que “estamos em boas mãos” – que todo o nosso corpo e nosso espírito (todo nosso ser) pertencem a Deus – expressamos a plenitude de Deus e somos cuidados por Deus. O Espírito, neste caso, vem da palavra Grega que significa alma racional, princípio vital ou disposição mental. Gosto de pensar que o que nos faz sermos nós (nossa identidade expressa física ou mentalmente) não é algo que criamos, ou que nos prende, ou que devemos desrespeitar. Cada um de nós é uma expressão individual da Vida, da Mente, da Verdade e do Amor. A harmonia reina quando temos uma visão correta de Deus e do homem feito à imagem de Deus. Ao amarmos a Deus, amamos a nós mesmos e uns aos outros e agimos de maneira a edificar e fortalecer nossa integridade e a dos outros – em vez de prejudicá-la ou miná-la. Cada indivíduo no universo é precioso e lindamente feito, porque Deus ama Sua criação e se expressa por meio de Sua criação.
Pense em um compositor compondo uma bela melodia. Cada nota é vital para o todo. Cada nota está completa e em seu lugar certo. A função de cada nota é expressar sua harmonia e tom naturais para que a peça musical possa expressar a plenitude de sua glória (sua magnificência e beleza). Se, ao tocar a música, uma nota for tocada incorretamente ou pulada e a harmonia for interrompida, é possível fazer uma correção e restaurar essa harmonia. E assim, é conosco. Se quisermos glorificar (honrar e magnificar) a Deus em nosso corpo e em nosso espírito, devemos fazer nosso melhor para viver de acordo com a bondade, pureza e ordem de Deus. E, mesmo que algo aconteça para interromper essa harmonia, uma mudança em como percebemos nossa identidade – de material para espiritual – alinha as coisas e a harmonia reina mais uma vez.
Como nos é dito na Leitura Alternada, precisamos parar de pensar em nós mesmos como o centro das coisas. À medida que exaltamos a Deus em tudo o que fazemos (vamos ao topo da montanha, por assim dizer), o orgulho e a arrogância que nos colocam em apuros desaparecerão, e vamos parar de transformar em deuses coisas que não têm nenhum poder real. O corpo pode facilmente se tornar um ídolo se não tomarmos cuidado. Nós verificamos para ver como é e como se parece – em vez de olhar para Deus para nos dizer como estamos nos saindo e nos sentindo. Nosso corpo realmente nos define? Paulo escreveu aos coríntios que, mesmo que nosso corpo fosse destruído, “temos uma casa não feita por mãos, eterna nos céus”. Nossa identidade não pode ser tocada. Quanto menos pensarmos em nosso corpo, mais livres estaremos para ser “revestidos” para que a mortalidade seja “absorvida pela vida”.
Penso no “penhor do Espírito” como uma espécie de sinal ou promessa do que virá à medida que persistirmos. Temos vislumbres de nossa natureza espiritual e experimentamos a cura. Um dia, teremos um entendimento tão completo dela que perderemos todo o senso da mortalidade. Nesse ínterim, precisamos pensar e agir com ousadia (ter confiança) ao nos aventurarmos a sair do hábito familiar de julgar tudo de uma perspectiva material e reivindicar nossa identidade como sendo um com Cristo e ver nosso relacionamento com todos os outros como sendo estabelecido neste vínculo crístico. A maioria de nós não está tendo que dar o passo corajoso de deixar fisicamente a terra natal e entrar em território desconhecido. Mas, muitos estão. E fazem isso porque sabem que, apesar das adversidades, a promessa do bem supera a difícil jornada. O mesmo é verdade quando deixamos a crença de que vivemos em um corpo e adotamos a nova compreensão de que todo o nosso ser é como um raio de luz no Cristo – indivisível de Deus (a Vida, a Verdade, o Amor, o Princípio e a Mente). Abracemos a passagem do velho e busquemos o novo.
Seção 1. Deus é nossa morada.
Qual é a relação entre Deus e o homem? Deus vive em nós – ou vivemos Nele? Às vezes falamos sobre Deus vivendo em nossos corações. Se isso significa ter uma consciência plena e inabalável de Deus e sua presença – isso é ótimo. Mas, é importante que não limitemos a grandeza de Deus confinando o infinito a uma expressão finita, ou sendo enganados ao pensar que temos uma alma que vive em um corpo até que seja liberada pela morte. Como Mary Baker Eddy discerniu, “A palavra Alma ou Espírito designa a Deidade e nada mais” (CS1, p. 466). A Alma (ou identidade) não pode ser confinada a um corpo físico. “A crença de que um corpo material seja o homem é uma concepção errada sobre o homem” (CS4, p. 285). Ao perceber o que Paulo diz aos atenienses, que “Nele vivemos, e nos movemos e existimos”, podemos experimentar a segurança, a capacidade, a integridade e a inteligência que é inerente à compreensão de que somos verdadeiramente a própria expressão do infinito Bem que chamamos Deus – não confinado por um corpo material (B2, Atos 17:28).
Felizmente, Cristo (a mensagem de Deus vinda ao homem) continuamente nos desperta do falso conceito da alma habitando no corpo. Então, perdemos o medo que vem de julgar, ou do bem-estar de acordo com as evidências físicas. O Profeta Isaías assegurou ao povo de seu tempo – e a mesma promessa vale para nós – “Israel não temas porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (B4, Isaías 43:1). Deus nos resgata de um falso senso de identidade!
O mundo nos chama de todos os tipos de nomes – muitos dos quais não são positivos – e identifica a fonte do bem e do mal como qualquer DNA ou influências ambientais e experienciais a que estivemos sujeitos. Rejeite tudo isso de forma consciente e veemente! Deus te dá nome, te atrai e cria, e te chama pelo teu nome para te despertar para que vejas quem realmente és! Tenhamos a certeza de não responder a nenhum nome que não seja nosso, e responder rapidamente quando Deus chamar – sabendo que nunca poderemos estar fora do abraço do Espírito infinito, o Amor!
Seção 2. Você é o jardim santo cultivado de Deus.
Você já pensou em si mesmo como a lavoura cultivada de Deus – a fazenda ou jardim de Deus – na qual Ele plantou a melhor semente, a manteve bem regada e cultivada e fez a colheita no momento certo? Ou, que tal ser o edifício de Deus que Ele criou de acordo com especificações perfeitas – útil, com propósito e forte – e incapaz de ser danificado, muito menos destruído, por tempestades, terremotos ou inundações? (B9, 1Cor. 3:9) Ele não só o construiu com especificações perfeitas, mas também o decorou lindamente – por dentro e por fora – para que haja um fluxo adorável de luz, forma, cor e sombreamento perfeito. Se você ainda não pensou em si mesmo dessa forma, por que não começar agora – e manter sempre esse modelo claro de pensamento!
Somos novamente instados em Ciência e Saúde que “A Ciência revela o Espírito, a Alma, não como se estivesse no corpo, e revela a Deus não como se estivesse no homem, mas como sendo refletido pelo homem. O maior não pode estar no menor” (CS8, p. 467). Desistir de um senso de identidade material não significa que apenas nos tornamos uma bolha de algo indescritível que não tem individualidade. Considerando novamente o exemplo das notas musicais, a nota não está no instrumento que a está tocando. Nossa individualidade única não está em um corpo ou personalidade mortal, mas é única e totalmente expressa. Cada nota tem um tom distinto que permanece único enquanto se mistura com outras. Cada um de nós – independentemente das opiniões ou pontos de vista humanos – é a ideia acalentada por Deus e que tem um lugar claro no Reino de Deus. Como nos vemos como tais, devemos, como notas, elogiar, em vez de entrar em conflito, uns com os outros.
Esta semana, percebi uma noção mais clara do que Paulo quis dizer quando disse: “o santuário de Deus, que sois vós é sagrado” (B9, 1Coríntios 3:17). Faz mais sentido para mim agora. Ao ler o Comentário Bíblico e outras traduções, entendi que Paulo está falando sobre o povo ser santo – como se o templo fosse santo. Sua (e nossa) santidade não poderia ser contaminada mais do que a santidade do templo não poderia ser contaminada. Ambos pertencem a – e são preservados por – Deus. Ser santo, como a palavra grega é usada aqui, é ser sagrado (conectado a Deus), puro e moralmente irrepreensível. Reivindicando essa nossa identidade, podemos esperar e vigiar pela dádiva perpétua de Deus sobre nós, na forma de segurança, suficiência, paz, saúde e bem-estar.
Seção 3. Neutralize o erro com a Verdade, amarrando o homem forte.
Esta seção nos ajuda a entender o poder espiritual que cura o corpo … bem como a “alma”. A cura física era parte integrante do ministério de Jesus, assim como da Ciência Cristã – algo que devemos esperar e nos alegrar. Mas, o verdadeiro valor da cura é que, no processo, um sentimento de pecado (ou crença errada sobre Deus e o homem) é corrigido e destruído – deixando o homem livre da escravidão de qualquer coisa diferente de Deus, o bem. Pode ser tentador nos concentrar no que precisamos fazer, ou como precisamos orar, a fim de eliminar qualquer problema físico que apareça em nossa experiência. Porém, a cura é mais do que uma mudança nas evidências físicas.
Quando os escribas acusaram Jesus de curar por intermédio de Belzebu (o príncipe dos demônios), ele esclareceu o que realmente está envolvido na cura. Ele explicou que uma casa dividida – o diabo destruindo as obras do diabo – certamente cairia. Ele falou da necessidade de amarrar “o homem forte” primeiro, e então o corpo (que o “homem forte” – ou crença errônea – havia ocupado) seria libertado de tudo o que o mantinha em cativeiro (B10, Marcos 3:7,8,10,11,22-27). Pense nisso … se alguém tomou conta da sua casa física, está morando nela, mudou as fechaduras e a está destruindo por dentro e por fora, a solução não seria conseguir consertar cada parte danificada enquanto o agressor ainda estiver dentro. A única maneira de recuperar sua casa e colocá-la em ordem é se livrar do intruso.
Pensemos sobre isso em termos do homem no Tanque de Betesda. Parecia que o problema era que ele não conseguia andar e não tinha ninguém para ajudá-lo. Por causa disso, ele nunca poderia ser o primeiro a entrar no tanque quando a água fosse agitada, o que ele acreditava ser a única maneira de ser curado. Ele tinha todas as suas desculpas alinhadas. Era claramente uma questão de competir por bênçãos limitadas, e ele perderia sempre. No entanto, quando Jesus perguntou se ele realmente queria ser curado, ele disse que sim. E quando Jesus instruiu o homem a se levantar e andar, ele o fez! (B11, João 5: 2-9). Então, nesse caso, parece que o homem forte que foi amarrado estava desesperado e pré-julgando sobre como seria a cura. Mas, uma vez que esses pensamentos limitantes foram controlados, o homem estava livre para responder ao comando do Cristo. Esse tipo de cura pode acontecer hoje? Absolutamente sim! A Ciência do Cristo está muito presente e ativa.
O “homem forte” pode vir em muitas formas. Recentemente, tive uma lesão no joelho que parecia resistir à cura. Eu obtinha percepções espirituais e fazia progresso, mas não tinha nenhum alívio duradouro. Recentemente, tenho me concentrado menos em resolver o problema porque queria recuperar minha liberdade e mais em me ver como Deus me vê – inteira, perfeita e livre – para glorificar a Deus. O caso era a crença de que uma lesão aconteceu – que estando envolvida em uma certa atividade, algo poderia acontecer para tirar meu domínio. À medida que fiquei mais consciente em rejeitar aquela mentira básica da possibilidade de uma lesão ter ocorrido, meu pensamento cedeu “à harmonia da Mente divina” (CS15, p. 162). O Cristo – “a divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado” amarrou o homem forte e minha saúde foi restaurada (CS 14, p. 583). Sei, porém, que preciso responder à mesma ordem que Jesus deu ao homem que foi curado, quando o viu mais tarde no templo … “não peques mais” (B11, João 5:14). Pecado é acreditar que o corpo é o que precisa de cura, ao invés de ver que todo erro é neutralizado e a cura ocorre quando o “homem forte” de uma crença em um poder separado de Deus é vencido.
Seção 4. O Cristo que cura é revelado ao senso espiritual.
À medida que Jesus curava mais e mais pessoas, incluindo aquelas que eram cegas e mudas, as pessoas começaram a questionar se Jesus poderia ser o Messias prometido (B13, Mateus 12:22,23). Nos próximos versículos de Mateus, fala novamente (como na Seção 3) sobre os escribas acusando Jesus de curar por meio do poder de Belzebu, ou o líder das forças do mal. Quando a cura acontece, ou ocorre o bem, atribuímos infalivelmente a fonte desse bem somente a Deus? Ou às vezes pensamos que talvez o tempo tenha curado a situação, ou “as coisas simplesmente deram certo”.
O raciocínio humano pode ser lento para aceitar a presença do Cristo e sua influência curadora sobre ele. Mas, como Paulo explica, a mensagem finalmente chega, à medida que o Espírito de Deus a revela ao coração receptivo (B14, 1Coríntios 2:9,10). Enquanto dependermos do nosso entendimento humano de Deus (ou usarmos o raciocínio humano para entender como Deus funciona), não teremos o quadro completo. Mas, podemos confiar no Espírito Santo para nos comunicar diretamente com o senso espiritual (a “capacidade consciente e constante de compreender Deus”) que todos possuem (CS, p. 209). A chave é ceder a essa inspiração ou revelação. Aceite a Verdade como Verdade – independentemente de como ela pareça contrariar a lógica ou o raciocínio humano. Como Mary Baker Eddy escreve: “A prova da existência do Espírito, da Alma, só é palpável ao senso espiritual, e não é perceptível para os sentidos materiais, que só tomam conhecimento daquilo que é o oposto do Espírito” (CS19, p. 359). Aqueles que eram fisicamente cegos foram feitos para ver. Cristo também abre os olhos dos cegos espiritualmente para reconhecer a presença e o poder da Verdade.
Seção 5. Honra a Deus abraçando o corpo no pensamento.
A ideia de ser o templo de Deus inclui honrar a Deus vendo seu corpo como a expressão completa das qualidades espirituais de bondade, equilíbrio, integridade, força, sanidade, etc. que são inerentes ao homem porque são inerentes a Deus, o criador do homem (B15, 1Coríntios 6:19,20; CS26, p. 428). Além disso, sacrifícios eram feitos no templo. Paulo exortou os romanos a que “apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo” e “não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (B12, Romanos 12:1,2).
Queria entender melhor essa ideia de fazer do meu corpo um sacrifício vivo. Olhando para os comentários da Bíblia, minha sensação é que sacrificar nossos corpos e nossa mente a Deus significa dedicar todo o nosso ser ao serviço de Deus e fazer o nosso melhor para nos mantermos puros e “imaculados”. Ellicott diz: “O adorador deve oferecer, ou apresentar-se diante de Deus, a si mesmo, com todas as suas energias e poderes vivos dirigidos conscientemente para o serviço de Deus”. Para mim, isso significa que tudo o que fazemos, fazemo-lo para honrar e louvar a Deus. Por exemplo, em vez de nos exercitarmos para ficar mais fortes ou mais em forma, nos exercitemos para demonstrar a força e a aptidão que Deus nos deu. Em vez de comer demais porque pensamos que a comida preencherá algum tipo de vazio, ou não comer porque estamos tentando perder peso, podemos ter uma dieta balanceada sem nos preocuparmos excessivamente, pois reconhecemos que Deus é a fonte de todo o bem. Quando desejamos honrar a Deus, sacrificamos (desistimos) de teorias humanas e anseios mortais e confiamos no Amor para nos guiar à medida que somos preenchidos com Sua bondade.
A parte de Ciência e Saúde desta seção está repleta de diretrizes sobre como ser o mestre do corpo – como “tomar posse de [nosso] corpo” abraçando-o em pensamentos de saúde, integridade, simetria, beleza, tudo o que é bom. Nós decidimos se somos senhores ou escravos do corpo. Não vivemos no corpo. Em vez disso, abraçamos nosso conceito de corpo em nosso pensamento e vivemos em Espírito, Alma (CS24, p. 223). Deus nos fez mestres de todas as coisas e podemos abandonar “as evidências materiais, para que os fatos espirituais do existir possam aparecer” (CS26, p. 428). A tentação é ficar hipnotizado pelas aparências externas e pelas sensações físicas. Mas, à medida que mudamos o pensamento e nos apegamos à visão que Deus vê de nós – retos, inteiros, livres, sem um único elemento de erro – o corpo não tem escolha a não ser, ceder a essa verdadeira imagem. Tenho visto isso ser demonstrado repetidas vezes, à medida que as dores vão desaparecendo, à medida que o pensamento permanece focado no que é, em vez de no que a matéria está sugerindo.
Seção 6. Conheça a si mesmo como o reflexo da Alma.
Esta última seção nos traz um círculo completo de volta ao ponto de partida com a Leitura Alternada. Somos lembrados de manter Deus no centro de todas as coisas e manter nossos olhos no que Deus sabe para experimentar a harmonia de Deus aqui e agora. Paulo diz aos coríntios: “nossa suficiência vem de Deus” e não de nós mesmos. Aqui estão algumas traduções desse versículo que realmente deixam a mensagem clara: “Não que estejamos aptos (qualificados e suficientes em capacidade) para formar julgamentos pessoais ou para reivindicar ou contar qualquer coisa como vindo de nós, mas nosso poder e capacidade e suficiência vêm de Deus”. E, “Não temos o direito de alegar que fizemos nada que não por conta própria. Deus nos dá o que é preciso para fazer tudo o que fazemos” (B20, 2Coríntios 3:4,5,18).
Um dia depois de escrever esta seção do MET, tive a oportunidade de fazer uma trilha um pouco íngreme. Descendo, fiquei preocupado com a possibilidade de ser difícil para voltar, porque essa foi minha experiência no passado. Eu desafiei esse pensamento e considerei as palavras de Paulo sobre minha suficiência (minha capacidade) ser de Deus. Decidi que essa era uma ótima oportunidade de demonstrar esse fato. Também me lembrei de um sinal que vi em uma trilha quando estava caminhando no Grand Canyon. Dizia: “A descida é opcional. Chegar é obrigatório”. Sempre tomei isso como um comando para subir no pensamento para realizar o que quer que seja necessário. Armado com esses pensamentos, subi a colina com confiança e fiquei muito grato pela liberdade que experimentei. Foi uma ótima oportunidade de me ver como o reflexo da Alma e saber que meu corpo não poderia argumentar de outra forma.
Compreender que refletimos a Alma – que somos “os filhos da luz” – ultrapassa todos os limites e nos liberta para ser tudo o que Deus nos fez para ser (CS32, p. 249; B19, 1Tessalonicenses 5:5). Assim como a luz brilha sem esforço, nós brilhamos. Ao nos vermos como o brilho de Deus, teremos a confiança de “olhar para onde queremos caminhar” e “agir como possuidores de todo o poder daquele em quem existimos”, como escreve Mary Baker Eddy (CS30, p. 264). Para mim, isso significa recusar-se a focar nas limitações, mas permanecer focado em como as coisas devem funcionar em um mundo perfeito (como elas funcionam na realidade da criação de Deus), mesmo antes que a evidência física tenha mudado. E agir como se não houvesse limitações ou problemas ou conflitos ou insuficiências de qualquer tipo – em nossos corpos humanos ou governamentais ou sociais. Isso é estar alheio ou cego para a realidade? Não!!! Em vez disso, é abrir nossos olhos para o que é verdadeiramente real – para a situação que Deus conhece.
O homem, feito à semelhança de Deus, deve refletir tudo o que é semelhante a Deus. “Olhar para onde queremos caminhar” significa focar no modelo perfeito. Não significa delinear teimosamente o que humanamente vemos como uma solução. Mas, à medida que liberamos toda vontade humana e toda responsabilidade humana e vemos Deus como a única influência controladora, a situação humana deve se ajustar.
Às vezes, quando fico desanimado por algo que não está cedendo, já descobri que preciso ter certeza de que meu pensamento permaneça focado no que Deus sabe e não se distraia com o que pareça estar acontecendo. Assim como quando a luz é acesa em uma sala, as sombras se dissipam e a realidade do Bem é vista. Deus está no controle, e tanto o espírito humano quanto o corpo humano (ou corpo social) devem se conformar a esse controle à medida que ganhamos um senso cada vez mais claro da relação de Deus e do homem. Deus é o único agente! Você, eu e toda a humanidade refletimos naturalmente o que Deus está fazendo. Não estamos gratos?!
_____________
A equipe de tradução para o português é composta por Elisabeth Zir Friedrichs, Laura Soriano Yawanawa, Ovídio Trentini, formatação de Ana Paula Steffler e revisão geral de Miguel De Castro. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali você encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, podendo baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.
Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.
Os Cedros são um suplemento para a LB. O estudo em inglês será publicado na 2a. feira no link https://cedarscamps.org/inspiration/ .