CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA
Vede Deus em meio a vós
9 a 15 de setembro de 2019
A Substância
Estudo preparado por:
Craig L. Ghislin, C.S. Glen Ellyn, Illinois (Bartlett)/EUA
craig.ghislincs@icloud.com / +1 (630) 830-8683
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Abreviações: Bíblia JFA Revista e Atualizada – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH;
Bíblia A Mensagem – MSG; Ciência Cristã – CC; Ciência e Saúde – CS ou C&S; Lição Bíblica – LB
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Vocês alguma vez já tomaram tempo para contemplar a abundância de ideias espirituais que estão ao vosso redor? William Rathvon, um dos operários na casa de MBEddy em Chestnut Hill, lembra do que ela disse: “Cada folha em cada árvore declara perpetuamente que Deus é Amor” (We Knew MBEddy, Edição Ampliada, vol. 2, p. 541).
Já passei várias vezes pela experiência que, ao observar o que está ao redor de mim, quase me sinto arrebatado pela percepção da substância espiritual por trás de cada coisa em que meus olhos descansam.
Recentemente, chegamos a um canteiro de framboesas, que estava descuidado em nosso jardim. Pela nossa memória, quando um pé de framboesa fica muito tempo sem atenção, tanto como foi o caso aqui, ele não produz frutos. Já havíamos decidido que seria trabalho para o ano seguinte.
No entanto, quando começamos a reorganizer as varas de apoio, ficamos surpresos ao ver muitos brotos com frutos. Quase instantaneamente o canteiro se encheu de abelhas, de várias espécies, voando de flor em flor. Assim que os frutos brotaram, as abelhas apareceram, vindo não se sabe de onde. A maçaroca de ramos e plantas que antes se via, de repente, tornou-se como um balé de maravilhosa coreografia, zumbindo com crescimento, vida, e produtividade.
Não tínhamos a mínima ideia que nosso canteiro estivesse produzindo alguma coisa, mas quando olhamos mais a fundo, ele se encheu de vida. Tinha mais coisa a ver do que o que nossos olhos viram no começo; quanto mais a fundo olhávamos tanto mais reconhecíamos a “abundância do Senhor” em nosso meio.
Muitas vezes olhamos superficialmente para nossas vidas, e para o mundo, e aceitamos o que parece uma bagunça—assim como o fizeram os filhos de Isarel. Eles tinham os profetas para lembrá-los muitas vezes que Deus estava no meio deles, enquanto nós temos as Escrituras e nosso livro texto Ciência e Saúde, por MBEddy, para lembrar-nos e ensinar-nos a olhar para além do que vemos para enxergarmos a substância espiritual das coisas. No Texto Áureo (Sof. 3:17) Sofonias declara que o poderoso “Deus está no meio de ti”. O teólogo do Séc. XXIII, John Gill (1697-1771), escreve sobre esse versículo:
“Cada palavra leva consigo algo muito encorajador para a Igreja e o povo de Deus; e é um antídoto contra temores e fantasias a que estão sujeitos; o Cristo está no meio deles; bem à mão para apoiar e suprir, proteger e defender, para assistir e fortalecer; ele está próximo, não apenas por sua presença essencial, que está em toda parte; e por sua presença providencial, que está preocupada com todas suas criaturas; mas sua graciosa presença, tão peculiar à sua Igreja e seu povo; e que lhe provê indizível alegria, é segurança suficiente frente a temores e desmaios”.
Conquanto as palavras de Gill tragam consolo e fortalecimento, temos que lembrar, como já foi visto em ‘METS’ passados, de um ponto de vista puramente metafísico, Deus em verdade não vem à nossa situação, ou preenche um espaço físico com coisas boas. Em verdade, vivemos no Espírito, em Deus, pois Deus é Tudo. É só um limitado senso humano das coisas que faz parecer de que estamos separados de Deus, e que Ele vem a nós. Quando percebemos a totalidade de Deus, vemos a impossibilidade de estarmos separados de Deus, e começamos a reconhecer que a verdadeira substância de todas as coisas está em Deus.
Nos versículos de abertura da Leitura Alternada (Salmos 72:18,19; Atos 1:1,2; 2:1,2,4-6,43,44,46,47) o salmista reconhece Deus como a única Causa, e que toda a terra está cheia com as manifestações de Sua presença e Sua glória por que Deus é Tudo-em-tudo.
Os versículos de Atos dos Apóstolos descrevem um acontecimento no dia de Pentecostes no qual um som de vento forte tomou o local onde estavam. Ao mesmo tempo do som, a Bíblia diz: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo”. Os discípulos, então, começaram a falar “segundo o Espírito lhes concedia que falassem” e “cada um os ouvia falar na sua própria língua”.
Como na maioria dos acontecimentos bíblicos, os comentaristas procuram dissecar as descrições tentando encontrar o que realmente acontecera. Neste caso consideram que se apenas tivesse ocorrido uma tempestade que houvesse preenchido o local, isso teria sido apenas um estranho acontecimento climático. Mas aqui, não houve vento—apenas o som de um vento. Essa inusitada circunstância deixou claro que não fôra um mero fenômeno natural.
Esse evento transcendeu uma explicação lógica. Os discípulos tiveram um vislumbre coletivo da verdadeira substância da realidade, e isso os impeliu a realizar muitas “maravilhas e sinais”. Ao senso humano, a demonstração e o reconhecimento da verdadeira substância, sempre parece como uma maravilha, porque desafia a explicação humana. Essa experiência teve um efeito formidável também nos discípulos, pois os sustentou quando continuaram a pregar e a curar. Assim como nosso cuidado das framboesas atraiu uma porção abelhas ao nosso jardim, assim a visão iluminada dos discípulos também trouxe uma abundância de pessoas à sua Igreja.
Seção 1: A Vida, a Verdade e o Amor são substância
Como na maioria das Lições Bíblicas, começamos com um reconhecimento da onipotência de Deus. O salmista reconhece a onipresença e poder criativo de Deus (B1, Salmos 74:12; B2, Salmos 89:11). Isaías destaca que tal criação não se forma sozinha (por si só), como também não se mantém nem sustém por si (B3, Isa. 42:5,6,12). A criação é espiritual, e sustentada e mantida por Deus. John Calvin (1509-1564) detecta uma nota de reprovação nas palavras de Isaías: “a terra está cheia da sua glória” (B4, Isa. 6:3). Disse que os judeus sustentavam que a glória de Deus era para ser vista só entre eles, e desejavam que “fosse bloqueada no seu templo. Mas Isaías mostra que [a glória de Deus] está longe de ser confinada a limites estreitos, que ela enche toda a terra”.
Na citação B5 o salmista pergunta: “E eu, senhor, que espero? Tu és a minha esperança” (Salmos 39:7). Albert Barnes (1798-1870) explica a futilidade de olhar pelas coisas do mundo para atender nossas necessidades. Somente Deus, a substância de todas coisas, pode satisfazer todas as necessidades de nossas naturezas imortais e desenvolver os mistérios da vida. Em outras palavras, se esperamos compreender a criação, não podemos fazê-lo por meio do senso material. Temos que exercitar o senso espiritual, e olhar para o fundamento espiritual ou substância de todas as coisas.
O Livro de Hebreus nos diz que: “a fé é a certeza de coisas que se esperam” (B6, Hebr. 11:1). Barnes nos informa que “substância” tmbém pode ser traduzida por “certeza, confiança, aquilo que é posto por baixo como uma base para apoio”. Ele acrescenta que a palavra que empregamos como substância propriamente significa ‘realidade, substância e existência’, em contraposição ao que é irreal, imaginário ou ilusório” [ênfase acrescentada].
A descobridora da Ciência Cristã define Deus, substância, como “aquilo que é eterno e incapaz de manifestar desarmonia e sofrer deterioração (CS1, p. 468). “Eterno”, quer dizer que existe fora do tempo. A definição continua: “A Verdade, a Vida e o Amor são a substância … Deus é a única substância verdadeira.” Assim, sem Deus, não há substância, e tudo o que seja substancial é o produto de Deus. Tudo o que foi criado reflete Deus e Deus só pode ser visto na Sua criação espiritual (CS2, p. 300).
MBEddy diz que a matéria não pode ser substancial, se o Espírito é substancial. Os objetos, por si só, não têm substância. A ideia espiritual, por trás deles é que tem. A matéria é a substância oposta a qual Barnes chamou de: ‘‘irreal, imaginária e enganosa”. MBEddy refere-se à matéria como aquilo que “erra, muda e morre, que é mutável e é mortal” (CS4, p. 278). A criação reflete a verdadeira substância do Espírito, e essa visão só se pode alcançar subordinando o testemunho dos sentidos aos fatos da Ciência (CS5, p. 516).
Seção 2: Onde estamos procurando substância?
O problema é que tendemos a procurar substância em lugares onde ela não pode ser encontrada. Jeremias adverte a casa de Israel para não seguir os costumes pagãos, nem olhar para os ídolos de seus dias por aquilo que somente Deus pode prover (B7, Jer. 10:1-6,10,12). Naqueles dias, os "pagãos" eram aqueles que seguiam a astrologia como se fosse uma ciência. Eles também eram muito supersticiosos em relação a eventos astronômicos. Enquanto alguns aderem à astrologia hoje em dia, certamente não é geralmente considerada uma ciência; e eventos astronômicos geralmente não são considerados presságios. No entanto, a comunidade científica de nosso tempo ainda está estudando as leis da matéria como se a matéria se governasse.
Os ídolos antigos foram criados pelas mãos dos homens e não tinham poder para fazer nada. Em essência, as leis da matéria não têm mais poder do que os ídolos antigos. Eles ainda são apenas crenças dos homens. Quando consideramos o setor de condicionamento físico e saúde, podemos ver que as crenças sobre o que constitui saúde e como alcançá-la quase parecem mudar com as estações do ano. Assim que uma tendência de dieta e exercício se torna popular, outra está logo atrás, pronta para tomar seu lugar.
Isaías promete que a verdadeira substância é encontrada na gloriosa lei de Deus e que será revelada para todos verem e entenderem (B8, Isa. 40:5). O livro de Números nos assegura que "toda a terra se encherá da glória do Senhor" (B9, Números 14:21). Novamente, isso é a confirmação de que a verdade do ser não é um segredo misterioso, nem está confinada a uma seita em particular. Todos podem, e verão, porque é a lei de todo ser.
Na Ciência Cristã, a criação não se governa. Deus é entendido como o único Criador, e o sustentador e mantenedor de tudo o que existe. Mas aqui novamente, a criação de Deus não pode ser encontrada na matéria ou através dos sentidos materiais (CS6, p. 262). A criação de Deus é espiritual. Os esforços para encontrar vida e verdade na matéria devem ser revertidos. Se quisermos conhecer o fato espiritual, nosso livro nos diz para inverter “a fábula material, quer a fábula seja a favor ou contra – quer esteja de acordo com as tuas ideias preconcebidas, ou seja inteiramente contrária a elas” (CS7, p. 129).
Mary Baker Eddy denomina as crenças “pagãs” da antiguidade, “panteísmo” ou “a crença na inteligência na matéria” (CS8, p. 279). O panteísmo inverte causa e efeito, supondo que Deus, Princípio, Vida e inteligência, estejam "na" matéria. Mas a matéria não tem nada a ver com vida ou inteligência. Deus, Mente, é tudo e produz tudo. A Mente se expressa na ideia, e a matéria não tem nada a ver com isso. Se a matéria fosse capaz de se governar, tudo estaria sujeito a discórdia e decadência. Mas com Deus, o Princípio divino, governando “tudo é harmonia, grandiosa e una” (CS9, p. 240).
Este é um elemento chave da Ciência Cristã. O que é chamado de matéria é irreal, e a única substância reconhecida na Ciência é o Espírito, Deus (CS10, p. 278). A crença de que a matéria tenha substância é uma "suposição falsa", e não mais. Tudo o que vemos é ideia. Mas não é nossa ideia; é ideia de Deus. Não há realidade objetiva na matéria. Na metafísica, as coisas se resolvem em pensamentos (CS11, p. 269).
Mas esses pensamentos não são imaginações efêmeras. Eles são “perfeitamente reais e tangíveis para a consciência espiritual” e, sendo ideias espirituais, “são boas e eternas”. Na metafísica, como ensinado e entendido pela Ciência Cristã, todo o paradigma muda. “Toda [não algumas, mas TODA] substância, a inteligência, a sabedoria, a existência, a imortalidade, a causa e o efeito pertencem a Deus” (CS12, p. 275). Tire um tempo para refletir sobre o significado dessa afirmação.
Seção 3: O que está lhe preenchendo?
Um aspecto significativo da substância é que ela é real e presente – uma plenitude – enquanto as crenças materiais estão vazias – sombras substanciais. A faculdade que nos permite ver a diferença é a sabedoria (B10, Prov. 8:1,20,21). Provérbios nos diz que, se amarmos a sabedoria, herdaremos substância e nossos tesouros serão preenchidos. Não estamos falando de posses físicas aqui – estamos falando das riquezas espirituais que nos enchem de graça, paz, alegria, santidade e saúde. Essas são riquezas que nunca podem ser tiradas.
Uma reprise dessas palavras encorajadoras do Texto Áureo nos lembra novamente o amor incondicional de Deus por nós (B11, Sofonias 3:17, 20). Deus nos satisfaz de todas as coisas boas, incluindo nutrição e saúde perfeita (B12, Êxodo 23:25). Quando pensamos em estar repletos de coisas boas, visualizamos um alimento saudável. Devemos igualmente manter nossos corações e mentes cheios de coisas saudáveis e íntegras. Ingerir “lixos de pensamentos” não é melhor do que ingerir lixo por comida.
Comentando sobre Jesus expulsando espíritos malignos dos possuídos, (B13, Mat. 8:14-16) Adam Clarke (c1760-1832) relata que, de acordo com o historiador judeu Josephus, os judeus eram particularmente suscetíveis a crenças de magia. Sendo assim, seus pensamentos eram desprotegidos e, portanto, suscetíveis aos espíritos malignos que a magia incluía. No contexto, a citação de Efésios (B14, Efésios 5:18,20) contrasta estar cheio do Espírito, em vez de estar cheio de vinho. Isso ressalta a importância de absorver e ser preenchido apenas com pensamentos saudáveis, puros e inspiradores, que fornecem nutrição saudável.
Jesus só viu o homem como o verdadeiro reflexo de Deus. Ele esvaziou seu pensamento de visões e imagens mortais doentias e manteve-se cheio da ideia correta de Deus perfeito e homem perfeito (CS14, p. 259). Nosso livro texto nos diz que o falso senso de vida e substância oculta a realidade das coisas e "oculta a demonstração científica" (CS15, p. 325). Você se vê como um mortal, ou como Jesus o veria? A visão mortal inclui erro, mas a visão espiritual é aquela com substância.
Nosso verdadeiro ser não pode ser contaminado por comida, poluição ou pensamentos desonestos. Na realidade, temos apenas a substância do bem (CS16, p. 301). À medida que o falso senso de substância oculta as possibilidades divinas, a conquista do “verdadeiro conceito a respeito do homem e de Deus” revela todas as nossas capacidades (CS17, p. 258). Ciência e Saúde nos ensina que nem Deus nem a matéria podem estar doentes, e que toda a verdadeira causa está na Mente. Se nos apegarmos a esses fatos com a “compreensão inabalável” de Deus, sempre obteremos a vitória (CS18, p. 417).
Seção 4: Segurança no templo
O templo tem sido considerado um local santo e seguro. Mas o templo é mais do que um lugar. Podemos encontrar segurança onde quer que estejamos, vivendo de acordo com as leis de Deus (B15, Salmos 18:1,6,19). O salmista sabe que mesmo quando desamparado e abandonado por toda a ajuda mundana, Deus está atento às suas necessidades e é capaz de salvá-lo. Na citação B16 (Zacarias 2:10,11), Zacarias declara que Deus está em nosso meio e está disponível para todos. Ezequiel fala da aliança de paz prometida por Deus, e que Seu santuário estará conosco, e será preenchido com crentes (B17, Ezequiel 37:26). John Gill observa que este santuário é “não um templo material, mas sua palavra e ordenamentos; em que ele concederá sua presença espiritual com eles, e que continuará até o fim do mundo”.
Jesus honrou e entendeu o significado espiritual do templo e não deixou tradições criadas pelo homem restringir a demonstração completa do amor de Deus. A história da cura do homem com a mão ressecada (B19, Lucas 6:6-10) é um exemplo disso. [Clique em https://youtu.be/6CStngXPuWc para o monólogo do YouTube de Ken Cooper chamado “O homem com a mão ressecada”. Isso ajudará você a se lembrar de se colocar nos relatos bíblicos de cura como se estivesse lá. Sinta a presença da cura de Cristo no presente. Você também pode fazer o download das versões em PDF no canto superior direito da versão da página do CedarS.]
Os fariseus e escribas no templo estavam apegados tenazmente à letra da lei, mas não tinham noção da substância da lei que trouxe cura. Jesus desafiou seu dogmatismo e curou apesar de suas objeções. O salmista ressalta o benefício de viver no templo figurativa e literalmente (B20, Salmos 48:9).
Levando o ponto do salmista um passo adiante, Ciência e Saúde define "Templo" como "corpo", bem como "superestrutura da Verdade; o tabernáculo do Amor” (CS19, p. 595). E como fundamento pode ser considerado outro significado da palavra substância, Mary Baker Eddy escreve: “Jesus estabeleceu sua igreja e alicerçou sua missão sobre o fundamento espiritual da cura pelo Cristo” (CS20, p. 136). É disso que se trata a igreja.
Mary Baker Eddy ressalta que a cura foi perdida na igreja primitiva "cerca de três séculos depois da crucificação" (CS21, p. 41). Isso coincide com o Concílio de Nicéia chamado por Constantino. Foi nesse concílio, com o objetivo de solidificar a posição proeminente de Constantino, que o Credo Niceno se tornou doutrina ortodoxa. O Credo sustentava que “Deus existe em três pessoas e uma substância” e “definiu e separou cuidadosamente os céus da terra” anulando efetivamente qualquer reconhecimento da sacralidade como trabalho no mundo, que posteriormente poderia ameaçar o papel de imperador (Ver: Testamento de John Romer, p. 215).
Para Mary Baker Eddy, o poder político não era tão ameaçador para o estado de graça do indivíduo, como poderia ser a falta de espiritualidade na igreja. Ela ressalta que, do ponto de vista religioso, os verdadeiros ensinamentos de Jesus simplesmente exigiam mais do que os anciãos da igreja estavam dispostos a seguir. Para ela, a substância da devoção não estava em um credo, mas na prática do poder curador do Amor divino (CS22, p. 241).
Sua igreja é construída sobre o fundamento do Amor. Demonstrar o poder de cura é a única maneira de nos unirmos verdadeiramente a esta igreja (CS23, p. 35). Na citação CS24 (p. 418), ela nos fornece um resumo do que é necessário para realizar essas demonstrações. Em sua explicação, ela usa a mesma palavra que Barnes usa em sua definição de substância citada na Seção 1 acima. Aderimos à verdade "em contraposição ao erro de que vida, a substância e a inteligência possam estar na matéria". A substância, por sua própria definição, se opõe à mentira de que a matéria tenha qualquer realidade. Nossa líder nos diz para implorar por uma “convicção sincera” e uma “percepção clara” da certeza da Ciência divina. Ela diz que se nossa fé "equivaler à metade da verdade em que se apoia tua defesa, curarás os doentes".
Seção 5: Firmes com Deus em nosso meio
Clarke descreve "aquele que ouve e vence" como aquele "que continua firme na fé e não é corrupto em sua vida; quem confessa fielmente Jesus, e não absorve as doutrinas, nem é levado pelo erro dos ímpios …”. A alguém assim terá acesso à árvore da vida (B21, Apoc. 2:7). Observe como a descrição de Clarke segue de perto as qualidades mencionadas por Mary Baker Eddy na citação CS24 – de que o sanador deve se ater à verdade, defender com convicção honesta e ser fiel, vivendo de acordo com as próprias palavras.
A mensagem bíblica de que tudo é feito por Deus (B22, 1Crôn. 29:11), e tudo pertence a Ele, é contínua ao longo das escrituras. Sofonias, nos diz que quando Deus está em nosso meio – quando vemos que habitamos n’Ele – o inimigo é expulso e o mal é varrido (B23, Sofonias 3:15).
O salmista inicia o tema ao falar da Cidade de Deus, o lugar santo que não deve ser mudado porque "Deus está no meio dela" (B24, Sal. 46:4,5). Barnes nos diz: “A “ideia” aqui é simplesmente que Jerusalém seria calma e serena em meio a todas as agitações externas do mundo – calma como uma corrente que flui suavemente. Os riachos – os canais – os cursos de água de um rio que flui em torno de cada habitação e ao longo de cada jardim difundiriam felicidade e beleza em toda parte”. Essa é uma clara indicação de que a base ou substância desse lugar sagrado é Deus.
Em todo o caminho para a visão de João em Apocalipse, vemos a verdadeira substância das coisas reveladas, olhando além dos sentidos materiais para a realidade espiritual de todos os seres (B25, Apoc. 1:1). O significado da “água da vida, brilhante como cristal” (B26, Apoc. 22:1,2) é que esse fluxo puro é livre de toda hipocrisia, sendo real, caloroso e sincero. Os comentaristas observam que, diferentemente do Jardim do Éden, que tinha uma árvore da Vida, nesta cidade sagrada, a árvore está crescendo em toda parte – nas margens do rio e em todas as ruas. Além disso, a árvore produz frutos não apenas anualmente, mas perpetuamente todos os meses, e seu fruto curativo está disponível para todas as nações.
Nosso livro texto enfatiza que a substância, Alma ou Espírito é "imutável e eterna" (CS26, p. 120). Somos lembrados mais uma vez que essa visão espiritual não pode ser obtida através da matéria (CS27, p. 173). Os sentidos materiais invertem tudo – chamando a substância espiritual de intangível e a matéria de tangível.
Essa crença desaparece na presença do entendimento espiritual (CS28, p. 312). O Espírito, sendo a substância de toda a realidade, sustenta tudo o que é real (CS29, p. 556). Todo entendimento, beleza, perfeição, glória, imortalidade, bem-aventurança, vida e substância são de Deus (CS30, p. 252). Ao exercitarmos nosso senso espiritual para ver através das imagens irreais, imaginárias e enganosas do sentido material, veremos Deus no meio de nós. Sabendo que vivemos em Deus, Espírito, veremos a verdadeira substância em toda parte, e nossa vida será repleta de coisas boas.
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A equipe de tradução para o português é composta por Ana Steffler, Elisabeth Zir Friedrichs, Ovídio Trentini e William Trentini. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali você encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, podendo baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.
Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.
Os Cedros são um suplemento para a LB. O estudo em inglês será publicado na 2a. feira no link http://www.cedarscamps.org/metaphysical.