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CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA

[Levante o véu da “irrealidade” para ver a vida eterna!]

“A Irrealidade”
22 de março a 4 de abril

Estudo preparado por:

Christie C. Hanzlik, C.S. Boulder, CO, EUA

ccern@mac.com +1-720-331-9356 christiecs.com

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Abreviações: Bíblia JFA Revista e Atualizada – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH; Bíblia A Mensagem – MSG; Ciência e Saúde – CS ou C&S; Lição Bíblica – LB

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Introdução

Durante o último mês ou mais, ponderei sobre uma linha de um poema que um amigo compartilhou comigo há algum tempo: “Na terra os semi-arcos; no céu, um círculo perfeito”. O poeta está descrevendo o arco-íris. Na maioria das vezes, os arco-íris aparecem para nós como semi- arcos ou arcos coloridos. Mas os arco-íris são, na verdade, círculos completos. Vemos arco-íris semicirculares porque o círculo completo é interrompido pelo horizonte, nuvens, árvores ou alguma outra obstrução. Mas se olharmos para um arco-íris sem obstruções, como talvez enquanto estamos em um avião ou usando uma mangueira de jardim em um dia ensolarado e há arco-íris no jato de água, podemos ver o círculo completo. Veja aqui um link para saber mais sobre por que não vemos frequentemente arco-íris completos. Abaixo está uma foto de um arco-íris desobstruído:

Céu com estrelas e planetas Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

A promessa da Páscoa que é tecida ao longo da Lição Bíblica desta semana sobre “A Irrealidade” me lembra da promessa do arco-íris de círculo completo. O fato de as nuvens ou árvores ou o horizonte bloquearem nossa visão de um arco-íris, não o torna menos circular.

“A Irrealidade”, como aprendemos na lição desta semana, é como aquelas nuvens e árvores no horizonte —um aparente bloqueio ou véu —que não pode realmente mudar o fato de que o arco-íris é, de fato, um “círculo perfeito”. Como sabemos a verdade sobre o arco-íris, o semicírculo é um “arco de promessa nas nuvens”, que indica que ali há um círculo completo de cores radiantes. Da mesma forma, a visão da eternidade que Cristo Jesus demonstrou com a crucificação e ressurreição é uma promessa da plena glória da vida eterna.

Cristo Jesus viu a completude da criação da Vida divina, a visão metafórica do círculo completo, e viu essa perfeição do círculo completo onde outros parecem ver círculos incompletos. Seu ponto de vista correto curou os enfermos e nos deu uma visão desobstruída da verdadeira saúde e vida eterna.

Texto Áureo e Leitura Alternada

A vida de Cristo Jesus foi prevista por outros profetas e continuou após a crucificação. E ele viu sua existência sem nascimento e sem morte. Em suas palavras, “Em verdade vos digo, antes mesmo de Abraão nascer, Eu Sou!” (João 8:58, Bíblia Ferreira de Almeida Revista e Atualizada). Sua visão da vida sem nascimento e sem morte permitiu-lhe demonstrar a promessa dada a cada um de nós de existir sem ter começo ou fim. Na ciência, não há uma ordem sequencial para o homem. A Mente Divina sempre soube de tudo.

O Texto Áureo, ou a ideia principal da lição desta semana são as palavras de Cristo Jesus para que os discípulos soubessem que era chegada a hora da crucificação e da ressurreição. Ele disse-lhes: “…É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. …Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12:23,46, Bíblia JFA). Pelo que entendi de suas palavras, Cristo Jesus estava dizendo que aquele era o momento profetizado dele demonstrar a completa realidade sem nascimento e morte de Cristo.

A Leitura Alternada contém uma das minhas ideias favoritas do Sermão do Monte, de Cristo Jesus: “Vós sois a luz do mundo”. Vejo isso como uma missão. Nosso propósito é ser a luz do mundo. E então Cristo Jesus nos dá ordens para iniciar a marcha: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:14,16, Bíblia JFA). Cristo Jesus veio como luz ao mundo, para traçar o caminho, para nos mostrar como nós também podemos ser a luz do mundo.

Cristo Jesus traçou o caminho. Ele suportou a crucificação para demonstrar a nós que nada – nem mesmo a cruz – pode interromper nossa luz e vida absolutas. Podemos experimentar a glória da eternidade agora, mesmo que pareçamos obter apenas fragmentos de compreensão. A eternidade não tem começo, então já começou. A Verdade já é verdadeira e, por meio da oração, temos cada vez mais vislumbres da realidade ilimitada. Estamos aprendendo a ver através da “irrealidade” (as nuvens, o horizonte e as árvores) para ver toda a promessa da ressurreição diária (a visão do círculo completo). Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy define “Ressurreição” como “Espiritualização do pensamento; uma ideia nova e mais elevada de imortalidade, ou existência espiritual; crença material cedendo ao entendimento espiritual (CS, p. 593). Podemos experimentar momentos de ressurreição todos os dias!

Como Cristo Jesus disse àqueles que realmente entenderam sua mensagem de vida eterna: “Bem-aventurados os olhos que vêem as coisas que vocês veem” (Lucas 10:23, Bíblia Internacional King James).

Seção 1. Prepare-se para derrubar a “irrealidade”

A primeira seção nos prepara para ver através da “irrealidade” (uma visão limitada e distorcida) a fim de descobrir a realidade (a visão plena). Primeiramente, Paulo nos mostra como devemos nos preparar para “perceber”, isto é, compreender a realidade: “Não imite o comportamento e os costumes desse mundo, mas permita que Deus o transforme em um novo ser ao mudar o seu modo de pensar. Então você descobrirá que a vontade de Deus para você, é boa, agradável e perfeita” (B1, Romanos 12:2, NLT). Em seguida, Paulo explica que é possível ver através das obstruções da materialidade. Ele diz: “Agora vemos as coisas de modo imperfeito, como uma imagem distorcida num espelho, mas então veremos tudo com perfeita clareza. Tudo o que sei agora é parcial e incompleto, mas então alcançarei um conhecimento completo, semelhante ao conhecimento completo que Deus tem de mim” (B2, 1 Cor. 13:12, NLT). Se aplicarmos a linguagem da metáfora do arco-íris, perceberemos que Paulo está nos dizendo que agora parece que estamos vendo apenas uma parte de um arco-íris, mas à medida que compreendemos inteiramente a ciência que rege a formação do arco-íris, alcançaremos uma percepção cada vez melhor e perceberemos a beleza do arco-íris em seu círculo completo, assim como Deus vê o nosso ser em sua beleza completa.

A verdadeira visão e a “imagem distorcida” nunca se fundem… não são ambas válidas, assim como uma fonte não pode jorrar do mesmo lugar água doce e água amarga (B3, Tiago 3:11 e CS1, p. 287). Como declara Mary Baker Eddy: “O temporal e o irreal nunca tocam o eterno e o real. O mutável e o imperfeito nunca tocam o imutável e o perfeito. O desarmonioso e o autodestrutivo nunca tocam o harmonioso e o autoexistente” (CS4, p. 300).

Pode ser bem difícil compreender que a desarmonia é irreal. Certamente pode ser algo que parece estar “bem na sua cara”. Através da oração começamos a compreender que aquilo que se apresenta como desarmonia é apenas um senso distorcido ou rompido acerca da realidade. À medida que nos tornamos mais e mais conscientes da verdade absoluta acerca do existir – da presença total de Deus e de Seu governo absoluto de tudo – nossa visão limitada se dissolve e somos capazes de perceber mais e mais a beleza da criação sem começo e sem fim, da qual somos parte. De início, parece que vemos apenas arcos partidos de desarmonia em toda a nossa volta, mas “a compreensão de que toda a desarmonia é irreal expõe os objetos e os pensamentos à vista humana em sua verdadeira luz e os apresenta belos e imortais” (CS5, p. 276).

Seção 2. Davi percebe a irrealidade da ameaça de Golias

A segunda seção começa com uma citação do Apocalipse, que se refere à profecia sobre Cristo Jesus em Isaías 22:22.

“Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá; conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” (B4, Apoc. 3:7 Estas, 8)

Mary Baker Eddy emprega o mesmo versículo como introdução do “Glossário” de Ciência e Saúde (CS, p. 579). O “Glossário” nos permite ver para além da aparência das coisas, e compreender plenamente o significado espiritual das mesmas. Por exemplo, ela define “rocha”, não como um simples pedaço de matéria …mas sim como símbolo do fundamento espiritual. Proponho-lhes uma tarefa: elaborar, por escrito, uma definição espiritual do termo “porta” conforme empregado em Apocalipse 3:8. Queiram também elaborar uma definição espiritual da locução “a chave de Davi” conforme empregada em Apocalipse 3:7.

Parte da profecia acerca de Cristo Jesus inclui sua linhagem a partir da Casa de Davi, e talvez por isso a locução “a chave da Davi” faça parte dessa seção, mas também porque a relato acerca da derrota de Golias por parte de Davi faz parte da Lição Bíblica do domingo de Páscoa.

Há algum tempo fiz um vídeo para o Pensamento do Dia (Daily Lift) sobre Davi e Golias no qual eu compartilhava uma teoria de Malcolm Gladwell na qual ele explica que Golias realmente não era um tremendo inimigo. A pesquisa de Gladwell revela que o gigantismo de Golias o levava a mover-se vagarosamente, a ter pouca visão. Também tinha que carregar um peso de mais de 100 libras em armas que o impediam de andar ereto. Seu único método de lutar era o combate corpo-a-corpo. Este nunca foi o plano de Davi (Davi não carregava sequer uma espada para combate). Ao contrário de Golias, Davi usava uma funda, era um fundeiro. Aqueles fundeiros que tinham muita prática conseguiam propulsionar uma pedra com uma força equivalente a um revolver de calibre 45 como os atuais. Também conseguiam acertar uma ave no céu a cerca de 200 m de distância. Gladwell acrescenta que as pedras existentes no vale em que ocorreu o duelo era bem compactas – não eram rochas porosas, mas pedras sólidas e compactas. De acordo com Gladwell, Golias não tinha nenhuma chance de vencer Davi.

Ao ter conhecimento da teoria de Gladwell, me pareceu que a fé de Davi em Deus, era algo irrelevante. Mas ao me aprofundar na oração, percebi que foi a força de Deus que permitiu à Davi praticar a arte de usar a funda e criar confiança em sua habilidade de empregar essa arma. A força de Deus estava com Davi todos os dias, não apenas no dia da batalha. Pode ser que houvessem outros fundeiros entre os israelitas, mas só Davi possuía a confiança espiritual em Deus, “hutzpah” e fé para enfrentar Golias. Deus também inspirou Davi para que se concentrasse e mantivesse o pensamento calmo, atitudes estas necessárias no momento da luta.

Eis o link abaixo para o vídeo sobre Davi e Golias do Daily Lift:

https://www.dropbox.com/s/z52b8hg0zrq6vvl/Goliath%20never%20stood%20a%20chance.mp4?dl=0

Os israelitas ficaram intimidados ante o tamanho e a jactância de Golias. Mas Davi sabia que a força de Deus estava com ele e rebateu cada uma das palavras jactanciosas de Golias com firmeza. Ele estava pronto para enfrentar Golias com atenção e precisão. Davi sabia que podia vencer. Ele tinha muita prática. Tinha fé e estava bem treinado. Não era uma questão de sorte. Davi possuía a autoridade dada por Deus de uma vitória segura. Davi expressou confiança espiritual ao dar início à batalha. Quando Golias “se dispôs a encontrar-se com Davi …Davi se apressou e correu …de encontro ao filisteu” (1Sam. 17:48). É assim que cada um de nós pode se sentir ao enfrentar um problema do tamanho de um Golias. Nossa prática de cura não é uma questão de conjeturas – temos certeza que a oração é eficaz e precisa. Davi precisou apenas de uma única pedra. Nossa prática diária da Ciência Cristã nos provê exatamente das armas necessárias para comprovar a “irrealidade” de qualquer controvérsia.

A vitória de Davi exemplifica a seguinte declaração de Mary Baker Eddy: “Tua influência para o bem depende do peso que colocas no prato certo da balança. O bem que fazes e incorporas te dá o único poder que se pode conseguir. O mal não é poder. É uma imitação da força, que não tarda em trair sua fraqueza e cair, para nunca mais se levantar” (CS8, p. 192). A jactância de Golias era “uma imitação da força” que caiu, “para nunca mais se levantar” ao dar de encontro com a fé de Davi. Davi percebeu a irrealidade da falsa jactância e provou que “A Verdade é sempre a vencedora” (CS12, p. 380).

Seção 3. Jesus vê a irrealidade da doença, do pecado e da morte

Como na Seção 2, a terceira seção abre com uma citação que conecta Cristo Jesus a Davi. A Seção 2 se refere à “chave de Davi”. A Seção 3 explica que Jesus é “a Raiz e Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã”. Declarar que ele é “a Raiz” e “a Geração” é outra maneira de dizer que ele veio antes e depois, sem começo nem fim (B7, Apocalipse 22:16).

A terceira seção descreve o ministério de ensino, pregação e cura de Cristo Jesus (B9, Mateus 4:23, 24).

Mary Baker Eddy explica como Jesus foi capaz de curar. Ela escreve: “Jesus reconhecia na Ciência o homem perfeito, que lhe era visível ali mesmo onde os mortais veem o homem mortal e pecador. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes. Assim, Jesus ensinou que o reino de Deus está intacto e é universal, e que o homem é puro e santo” (CS13, p. 476). Se colocarmos essas palavras no contexto da metáfora do arco-íris, poderia ser assim: Jesus viu na Ciência o círculo completo que lhe apareceu onde a visão de uma parte de arco-íris aparece aos outros. … e sua elevada visão elevou a consciência deles para que também pudessem ver a visão do círculo completo.

As declarações subsequentes desta seção de Ciência e Saúde também são sobre ver além de um sentido limitado de existência, ver através da “irrealidade”, e poderíamos aplicar a metáfora do arco-íris a cada uma dessas declarações:

“Examinados à luz da Ciência divina, os mortais apresentam mais do que se detecta na superfície, pois os pensamentos invertidos e as crenças errôneas são forçosamente falsificações da Verdade.” (CS14, p. 267)

“O senso material não revela os fatos da existência; mas o senso espiritual eleva a consciência humana à Verdade eterna.” (CS15, p. 95)

“O testemunho dos sentidos materiais não é nem absoluto nem divino.” (CS16, p. 269)

Seção 4. Cristo Jesus demonstra a irrealidade da morte

A quarta seção apresenta um relato da crucificação. Como seu ancestral Davi enfrentou Golias, Cristo Jesus foi preparado para a crucificação. Ele sabia o resultado – a ressurreição – antes que a provação começasse. A crucificação permitiu que Cristo Jesus demonstrasse a ressurreição – “Ressurreição: Espiritualização do pensamento; uma ideia nova e mais elevada da imortalidade, ou seja, da existência espiritual; a crença material rendendo-se à compreensão espiritual”- para toda a humanidade (CS, p. 593).

A seção começa com versículos de Provérbios que oferecem conforto para qualquer pessoa que enfrente uma cruz de qualquer natureza:

“Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.”

“Não temas o pavor repentino, nem a arremetida dos perversos, quando vier.”

“…o SENHOR será a tua segurança e guardará os teus pés de serem presos.”

(B10, Provérbios 3:5,25,26)

Ao enfrentar a crucificação, Cristo Jesus ofereceu consolo aos seus discípulos (e a nós) ao dizer: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (B12, João 14:1,27).

Não importa a provação que enfrentemos – um Golias gigante ou uma cruz humilhante – nossa oração pode começar eliminando o medo. Como Mary Baker Eddy declara: “A prática científica cristã começa com a nota tônica da harmonia, apresentada por Cristo: “Não temais!” (CS18, p. 410). A frase “Não temais” ocorre em Mateus, Marcos, Lucas e João, e pelo menos 26 vezes na versão King James da Bíblia.

Cristo Jesus nos deu o exemplo perfeito de como enfrentar o inimigo (o medo), vencer o ódio com perdão (o amor perfeito) e ver através da “irrealidade” da morte com uma consciência pura da eternidade da vida. Ele demonstrou como “Não temais!” ao enfrentar qualquer provação.

Observe que o relato da crucificação é muito breve nesta Lição Bíblica da semana da Páscoa. Falando neste ponto, a autora Susan Booth Mack Snipes escreve sobre uma vez em que estava lendo a Lição Bíblica para a semana da Páscoa: “Na época, percebi que a brevidade da história da crucificação na Lição estava nos ajudando a ver que aquele não era o grande evento final que parecia ser e que devemos nos concentrar na história para trazer uma nova luz sobre a desgraça e a escuridão. À medida que traçamos esta linha de luz, somos realmente guiados além daquela história de esperançosa ressurreição até à ascensão como sendo de fato o evento mais elevado e culminante. Jesus não parou, nem ficou preso na história de um corpo mortal que foi ressuscitado, mas permaneceu com a compreensão espiritual da presença eterna de Deus; e isso inevitavelmente continuou a dissipar a história mortal até a ascensão”.

No mesmo artigo, ela diz: “Sempre pensei na ressurreição de Jesus como um grande ponto, um triunfo do Espírito sobre a carne e uma prova monumental, uma demonstração da Ciência divina. E certamente foi. No entanto, de repente, vi isso sob um novo ponto de vista. Fiquei impressionada com o pensamento de que a ressurreição de Jesus era a demonstração dele de sua identidade espiritual como o Cristo, que não era mais um “evento” para Deus como quanto o nascer do sol é um evento para o sol. Vi que o que realmente importa é o discernimento da presença eterna de Deus, uma compreensão de nossa unidade com a Mente divina. Isso é o que trouxe as curas que Jesus realizou, trouxe sua ressurreição e o conduziu à sua ascensão”. Para ler o artigo completo, consulte “A Páscoa e o verdadeiro negócio por trás da cura pela Ciência Cristã”, pelo link: Easter and the real deal behind Christian Science healing, da edição de abril de 2019 do Christian Science Journal.

Seção 5. Judas…vamos perdoá-lo

Davi e Cristo Jesus oferecem excelentes exemplos de como podemos ver através da “irrealidade” e encontrar harmonia e força enquanto nos deparamos com desafios. Judas, no entanto, mostra o que pode vir a acontecer quando caímos nas garras das sutilezas da inveja e do medo (CS22, p. 47). Judas traiu Cristo Jesus por trinta moedas de prata (B13, Mateus 26:3,4,14–16,49,50). Relembrando nossa metáfora anterior sobre o arco-íris, Judas so foi capaz de ver “reflexos confusos” de um arco quebrado.

Mas Judas se deu conta do seu erro, ficou cheio de remorso, e se arrependeu. “[Judas] devolveu trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei [ele declarou], traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Então Judas jogou o dinheiro para dentro do Templo e saiu. Depois foi e se enforcou” (B14, Mateus 27:1–4, NLT). Notem que a passagem sobre Judas ter se enforcado não está incluída na Lição Bíblica dessa semana.

Vários bons artigos foram publicados no Christian Science Journal e no Christian Science Sentinel sobre Judas, e esses podem nos ajudar a nos curarmos de qualquer sentimento de ressentimento, falso julgamento, ou ódio em relação ao discípulo. Em um desses artigos, Dorothy Estes coloca a questão: “Você perdoou Judas?”, e ela responde: “Jesus perdoou. Traído por Judas caiu nas mãos daqueles que o crucificariam, Jesus não tentou parar a traição nem expressou qualquer amargura por isso. Na sua bem conhecida afirmação final de perdão, disse: “Pai, perdoa esta gente! Eles não sabem o que estão fazendo (Lucas 23:34, NTLH), Judas foi incluído” (CS Sentinel, da edição de 7 de abril de 2014, pelo link: https://sentinel.christianscience.com/issues/2014/4/116-14/have-you-forgiven-judas).

Em um artigo chamado “O outro lado de Judas”, Nathan Talbot escreve: “Relativamente poucas pessoas perceberam o mínimo sobre a missão de Jesus enquanto ele esteve aqui, para se comprometerem a serem discípulos. No entanto, Judas foi um destes poucos. Ele fez um esforço inicial. Mas o aspecto mais significativo desse outro lado tem a haver com o que aconteceu depois da traição. Meu sentimento de compaixão por Judas deu um salto um dia enquanto ponderava a passagem de Mateus sobre a mudança dramática que começou a acontecer com Judas quando ele viu o que estava acontecendo a Jesus. Judas, de acordo com o evangelho de Mateus, “se arrependeu, e devolveu as trinta moedas de prata ao alto sacerdócio e aos anciãos, dizendo, pequei traindo sangue inocente…”.

“Judas se arrependeu; com impacto dolorido no coração começou a se dar conta do que tinha feito; e jogou aquelas lamentáveis moedas de prata no chão do templo; ele sentiu profundamente a inocência de Jesus; ele sentiu profundo arrependimento e autocondenação.” (CS Sentinel, da edição de 7 dezembro de 1992, pelo link: https://sentinel.christianscience.com/issues/1992/12/94-49/the-other-side-of-judas)

Conforme esses dois autores e também outros apontam, temos muito a aprender com a história de Judas. Para começar, o perdão de Judas por Cristo Jesus no meio daquela traição demonstra um amor puro e incondicional que vai além dos limites da história mortal. Durante a traição, Jesus chamou Judas de “amigo”. Nunca é tarde demais para perdoarmos a Judas. Perdoar e amar ele como Cristo Jesus o fez nos liberta de abrigarmos ressentimentos.

A história de Judas tem significância para mim essa semana pois tenho orado profundamente para purificar meu sentido de amor e perdão em conexão com o tiroteio de massa aqui em Boulder, Colorado. O tiroteio aconteceu num supermercado a 3 quilômetros da minha casa. Pode parecer difícil amar incondicionalmente alguém que tenha cometido um ato tão horrível. Mas mesmo assim, através da oração – é possível. Amar aqueles que parecem ser inamáveis não é possível somente pela vontade humana. Mas podemos encontrar o verdadeiro amor e perdão seguindo o exemplo do Mestre e tendo a mente que estava em Cristo Jesus (Filipenses 2: 5-11). Mesmo enquanto escrevo isso posso sentir meu sentimento de amor sendo purificado.

Cristo Jesus provou que a inveja e o ódio são anulados pelo perdão e pelo amor. Conforme Mary Baker Eddy diz: “A maldade de perseguidores brutais, a traição e o suicídio de seu traidor foram suplantados pelo Amor divino para a glorificação do homem e da verdadeira ideia de Deus, da qual os perseguidores de Jesus haviam zombado e a qual haviam tentado matar” (CS24, p. 43).

Mas e se somos nós que precisamos de perdão? Talvez tenhamos dito ou feito algo que pareça imperdoável, que é como Judas deve ter se sentido. Bom, talvez nossa oração possa começar com um sentido de aceitação das palavras de Cristo Jesus – “perdoe-os Pai pois e eles não sabem o que fazem” – incluindo a nós mesmos. Cristo Jesus te perdoa. Não há nada que possamos imaginar ou fazer que nos coloque fora do reino infinito e do Amor incondicional. O perdão de Cristo Jesus não é simplesmente um bônus para nos sentirmos bem na história da Páscoa. O perdão foi uma parte crucial da ressurreição. Ele precisava se superar o “ódio do mundo pela Verdade e o Amor”… através do perdão.

Quando somos nós que precisamos de perdão, podemos começar vendo a nós mesmos como perdoáveis. Podemos ter a experiência da ressurreição da autocrítica, auto-dúvida, e autocondenação infindáveis. Conforme perdoamos a nós mesmos aceitando uma dose de amor-Crístico puro e misericordioso, vamos encontrar dissolvidos quaisquer reminiscências de pecado (a crença de que somos separados de Deus, ou imperdoáveis). Conforme somos sinceros em nosso arrependimento, outros irão sentir nossa sinceridade.

Mary Baker Eddy explica que: “Por tudo o que os discípulos vivenciaram, tornaram-se mais espirituais e compreenderam melhor o que o Mestre havia ensinado. A ressurreição dele foi também a ressurreição deles. Ajudou-os a elevarem-se a si mesmos e aos outros da lerdeza espiritual e da crença cega em Deus, até a percepção de possibilidades infinitas” (CS, p. 34). Extrapolando a partir dessa afirmação, me parece que, ao grau que entendemos sua significância plena, sua ressurreição também pode ser nossa ressurreição. Podemos todos experimentar a ressurreição do medo, inveja, ódio, ressentimento, e uma crença de que a vida termina. Ressurreição não é um evento singular. Conforme entendemos cada vez mais sobre a ressurreição de Cristo Jesus, vamos ver que “Cada dia é nova Páscoa/ Que nos vem abençoar” (Hinário da Ciência Cristã, No. 171).

Seção 6. Que possamos erguer o véu e termos a visão integral da vida

Cristo Jesus demonstrou a vida eterna. Ele nos mostrou o existir sem começo e sem fim. Ao invés da vida ser limitada por uma existência de útero-à-sepultura, nascimento-à-morte (arca quebrada), ela é eterna, como um círculo, sem ponto de começo ou fim.

Assim como o círculo completo do arco-íris parece estar interrompido pelo horizonte ou bloqueado pelas árvores ou nuvens, a verdade da eternidade da nossa vida também parece estar encoberta pelo véu do pensamento limitado. Para os interessados em um artigo que explora esse tópico mais a fundo, usando a analogia de um pássaro voando além do horizonte, veja o artigo “A Morte da Gaivota” (pelo link: The passing of the sea gull, Louise Wheatley Cook Hovnanian, da edição de 21 de outubro de 2013 do CS Sentinel).

O véu que parece obstruir nossa visão da vida eterna é como o horizonte bloqueando o arco-íris completo de ser visto. E, como lemos em 2Coríntios: “todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor” (B19, 2Coríntios 3:18). A visão através do véu, ou a visão além da “irrealidade”, é um presente de Deus. A visão através do véu é uma visão da vida eterna. Conforme lemos em Romanos: “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (B18, Romanos 6:23).

Através da demonstração da vida eterna por Cristo Jesus, podemos ver através do véu da “irrealidade”. Podemos ver a vida sem começo e sem fim. A vida triunfa sobre a morte. “A demonstração final da verdade que Jesus ensinou, e devido à qual foi crucificado, abriu uma nova era para o mundo … O Amor tem de triunfar sobre o ódio” (CS31, p. 43).

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A equipe de tradução para o português é composta por Ana Steffler, Bianca Pessoa, Ovídio Trentini, Ursula J. Dengler e William Trentini, com revisão e preparação de Leila Kommers, e apoio metafísico de Elisabeth Zir Friedrichs. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali você encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, podendo baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.

Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.

Os Cedros são um suplemento para a LB. O estudo em inglês será publicado na 2a. feira no link http://www.cedarscamps.org/metaphysical.

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