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CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA

Faça uma pausa e ouça.

13 a 19 de janeiro 2020

A Vida

Estudo preparado por:
Craig L. Ghislin, C.S.
Glen Ellyn, IL (Bartlett)
craig.ghislincs@icloud.com / (630) 830-8683
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Abreviações: Bíblia JFA Revista e Atualizada – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH;
Bíblia A Mensagem – MSG; Ciência Cristã – CC; Ciência e Saúde – CS ou C&S; Lição Bíblica – LB
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Por quanto tempos podemos sobreviver sem água? A maioria das estimativas ficam entre 72 e 100 horas. Por quanto você que pode aguentar sem Deus? Sabe o que? Você nem existiria sem Deus, pois Deus é a própria vida do homem.

Sempre que penso sobre essa questão, algo me ocorre no pensamento. Quando eu estava na faculdade no curso de teatro, as audições para o semestre seguinte iriam ocorrer em uma semana. Tínhamos que fazer testes de todas as coisas e, então, estar prontos para as chamadas finais. Era um tempo de intensas atividades, e eu estava concentrado nas audições. No quarto dia dei-me conta que havia esquecido completamente a leitura da Lição Sermão da semana; senti um vazio diferente me encobrindo.

Voltei aos livros, as páginas familiares acalentaram-me a alma, como se estivesse voltando ao lar e sentado na cadeira de descanso. Foi um sentimento palpável que nunca esquecerei. Não estou sugerindo que a gente ritualize o estudo da Lição, mas sim que se faça uma pausa consciente para estar com Deus; isso traz resultados tangíveis.

Por meio da Lição da semana vemos que temos necessidade de avançar em nossa compreensão de Deus. O Deus citado pelo salmista no Texto Áureo (Salmos 42:2 – “minha alma tem sede do Deus vivo…”) não é um deus tribal que careça ser apaziguado para que nos ajude. O Deus de Israel é o Deus vivo, o autor, doador e mantenedor de toda a criação, sendo Ele mesmo a Vida.

Agora, poderíamos pensar que essa visão de Deus era uniformemente gravada na psiquê e prática dos antigos israelitas; mas esse modo de ver era uma visão bastante romantizada. A Bíblia mostra claramente que os israelitas muitas vezes viam-se envolvidos em luta para compreender Deus. Na Leitura Alternada (Jer. 10:10,12; Atos 17:24-28) Jeremias nos conta que o Deus de Israel “é o único Deus verdadeiro”. Soa muito seguro e simples. Mas as passagens em Atos a seguir, nas quais Paulo se dirige à população pagã, parecem indicar que os atenienses eram os únicos a precisarem de um entendimento mais profundo de Deus”.

Reconheço que haja pessoas que temem que a sabedoria desacredite a Bíblia, mas nunca precisamos temer a saber humano. Este item explica que houve tempos em que até mesmo os israelenses acreditavam que Deus ocupasse o templo. Em vez de abalar minha visão dos antigos israelenses, eu admiro que a pesar da confluência e coexistência de diferentes pensares religiosos ao longo do tempo, o fio de ouro puro—a compreensão de um só Deus, conseguiu perpassar os séculos para ser redescoberto e explicado por meio da CC.

Comentaristas bíblicos da época de Eddy explicam que os pagãos de Atenas traziam muitos alimentos ao templo para consumo dos deuses. Isso pode parecer ridículo a nós hoje, e Paulo explicou aos atenienses que o criador de tudo o que existe, com certeza, não era dependente de Sua criação para qualquer coisa. Mas ao contrário—nós dependemos totalmente dEle. Em vez de Deus viver em templos, nós é que vivemos, nos movemos, e temos nosso ser nEle.

Um comentarista moderno, pastor Mark Dunagan, iguala a crença de que Deus viva em templos com a noção mais moderna de que Deus necessite de adoradores para ser importante. Ele começa citando o anglicano John Scott (1921-2011):

“Qualquer tentativa para domesticar Deus, para reduzi-lo ao nível de um animal de estimação que dependa de nós para abrigo e sustento, é uma nova inversão de papeis (Scott p. 285). Mas muitos em nossa sociedade, e alguns em nossa igreja, tratam Deus como se a importância dEle fosse dependente de nossa fidelidade. … Com ou sem minha crença nEle, Deus continuará a existir. … “ao ver que Ele mesmo dá a todos vida, respiração e tudo mais”. Esta é uma das razões por que Deus é eterno. Ele é totalmente auto- sustentado e auto-existente. A existência é totalmente independente. Ele não depende de nada e de ninguém para sua existência, valor e felicidade…”

A questão para nós é a seguinte: “até onde iremos em nossa busca pela compreensão? Será que nos contentamos em meramente falar a verdade de Deus? Ou queremos realmente ser tocados por Ela?” Ao falar sobre buscar a Deus, Paulo usa a frase: “…se por acaso tateando o possam achar”. Segundo Strong, a palavra traduzida por (haply=casualmente) denota uma inferência mais ou menos definitiva. Assim, Paulo estava dizendo que Deus nos criou de um mesmo sangue; assim todos teríamos igual esperança de encontra-Lo. “Tatear” significa verificar por contato, buscar intensamente. Quanto tempo você gasta realmente com “tateando”—em verdade, buscando a Deus?

Seção 1: Virar-se para ver
Estranhamente, antigamente acreditava-se que ninguém poderia ter um envolvimento direto com Deus, e sobreviver o evento. Assim, Deus falando com Moisés do “meio de um arbusto em chamas” não foi só algo inusitado em si, mas porque ele sobreviveu para relatar o acontecimento (B1, Deut. 5:24).

Um relato mais completo do encontro de Moisés com Deus e a sarça ardente é apresentado na citação B2 (Êxo 3:1-5,10,13,14). Vamos desenvolver esse acontecimento essencial. Moisés estava por ali fazendo suas atividades de pastor. Ele fora um príncipe no Egito, título ao qual ele renunciou, e fugiu após matar um egípcio que batia num escravo hebreu. Havia estado ausente por quarenta anos criando uma família e cuidando de ovelhas. Então algo extraordinário aconteceu. Ele viu o arbusto—em chamas–sem se consumir. Comentaristas têm dito que se ele tivesse ignorado o arbusto, Deus, provavelmente não teria falado com ele.

Há os que pensam que o arbusto em chamas era um símbolo de nossa natureza ardendo dentro de nós. Penso que cada um de nós poderia imaginar se encontrasse uma sarça ardente, mas e quanto à chama de nosso verdadeiro ser queimando dentro de nós? Será que pararemos e nos viraremos para ouvir a voz interior de Deus? Quando Moisés se virou para ver, foi-lhe ordenado a tirar as sandálias pois estava em solo santo. A vida de Moisés tomou um rumo totalmente diferente após esse encontro. Naturalmente ele queria saber a origem dessa importante atribuição. Recebeu como resposta: “EU SOU O QUE SOU”. Embora não incluído na Lição Moisés coloca sua inadequação para a tarefa. Mas sabendo que Deus é o único EU SOU, Moisés inicia sua jornada de auto descobrimento que leva ao livramento de seu povo da escravidão. O que será que que sua “sarça ardente” exigiria de você?
Seja lá o que for, você se sentirá melhor se começar sua jornada com a percepção de sua Vida é Deus” (CS1, p.496). Nós pensamos ter vidas separadas de Deus, e por isso, muitas vezes estamos cheios de dúvidas próprias, ou então somos auto suficientes. Nossas habilidades humanas se agitam, mas a Vida que é Deus, é eterna. Quando dizemos “EU” devemos lembrar-nos de que há um só Eu, que é Deus. Nossa verdadeira identidade está nEle. Essa verdadeira identidade não pode ser apagada (CS2, p.280).

Muitas práticas espirituais, antigas e modernas, consideram Deus como estando dentro da criação. Mas Mary Baker Eddy inverteu essa noção. A Vida é Deus, e ela escreve: “… a Vida não está confinada às formas que a refletem, assim como a substância não está na sua sombra” (CS3, p.331). Esse é o ponto-chave. Deus não está “em” coisa nenhuma. A criação é que está nEle. O homem é o reflexo de Deus, não um conduto para Ele.

Também é importante compreender que a Vida (Deus) não tem começo nem fim. A Vida não é temporal—ela existe separada do tempo (CS4, p550). Sabendo que Deus fez “tudo o que foi feito” (CS5, p.267) é um grande passo rumo ao discernimento de nossa verdadeira natureza que arde em nós. Por sua vez, essa consciência revela nossa coexistência com Deus.

Seção 2: Caminhar o longo caminho
Um conhecimento de nossa coexistência com Deus é uma luz brilhante que nos tira das trevas da angústia, problemas, confusão, preocupação e perigo (B3, Salmos 27:1,13). Com Deus, nada podia assustar o salmista. E ele reconhece que se não fosse por esse reconhecimento de Deus, ele teria desmaiado sob a pressão.

Às vezes tomaríamos um caminho mais curto para ir aonde desejamos, contudo demoramos mais do que o esperado. Poucos de nós têm paciência para com Deus quando se trata do desdobramento de nossas vidas. Nossa cultura ocidental, geralmente requer gratificação imediata, na maioria das vezes. Mas no crescimento espiritual, as coisas podem demorar mais. A história dos filhos de Israel no deserto, é uma lição objetiva para nós.

Em vez enveredar diretamente para a terra prometida, Deus os guiou pelo deserto do Mar Vermelho (B4, Êxo. 13:18,21). Ao longo do caminho os filhos de Israel não eram sempre cooperativos. Queixavam-se de quase tudo. Lamentavam até o terem deixado o Egito, dizendo: “Pelo menos tínhamos o que comer”. A pesar de sua ingratidão, Deus os conduziu por uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite. Você alguma vez já se queixou porque as coisas iam muito devagar?

O fundador metodista John Wesley (1703-1791) nós dá algumas introspecções porque seria melhor aos filhos de Israel tomar o caminho mais longo. Ele indica que o caminho que tomaram os guiou à morte dos egípcios; antes de terem de encontrar seus inimigos, os israelenses precisavam acertar suas próprias diferenças e se entenderem com Deus; precisavam receber os Mandamentos; e sacramentar sua aliança com Deus. Todas essas coisas seriam mais fáceis de realizar na solidão do deserto do que nos caminhos movimentados. Finalmente, Wesley chama a atenção que ao saírem do Egito, os israelitas não estavam nem perto de poderem enfrentar os filisteus, que eram guerreiros formidáveis.

Tome algum tempo para pensar sobre demoras em sua própria experiência. Como você entende agora que as demoras eram necessárias para aprender lições que aprofundaram sua jornada e a tornaram mais frutífera?

Um dos maiores desafios que os israelitas tiveram desde logo foi o Mar Vermelho (B5, Êxo. 14:5,8,10,13-15,…). Que ‘Mar Vermelho’ você encontrou em sua jornada? O relato bíblico nos dá uma dica de como vencer obstáculos do tipo ‘Mar Vermelho’. Notem que em primeiro lugar Moisés ordenou ao povo: “não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor”. Vencer o medo e aquietar-se em relação aos esforços humanos, tanto na prática como em oração, e ficar atento é um elemento dos mais importantes para vencer o que parece um desafio impossível.

Depois de pararem, Deus diz a Moisés: “Porque clamas a Mim? Dize ao povo que marche” Isso me faz lembrar do conselho de nossa Líder: “Ao tomar conhecimento das tarefas infinitas da Verdade, nos detemos—esperamos a direção de Deus. Então avançamos, até que o pensamento, livre de barreiras, caminhe maravilhado e a concepção ilimitada ganhe asas para alcançar a glória divina” (CeS, p. 323).

As pessoas às vezes têm a errônea impressão de que encontrar um ‘muro’ em nossa jornada seja um sinal de Deus para desistir. Isso é coisa por demais afastada da Verdade. Cada profeta na Bíblia atingiu vários muros na sua carreira. Até Cristo Jesus.

Isso é coisa que cada indivíduo que tenha se lançado a realizar algo de valor, tanto secular como religioso, encontrou em seu caminho—inclusive MBEddy. Tivesse ela desistido diante de qualquer dos danados desafios que enfrentou, você não estaria hoje lendo este MET. Nosso livro texto reconhece que o caminho poça ser obscuro, mas a Vida e o Amor divinos podem iluminar o caminho à vitória (CS6, p. 596). Eddy é nosso Moisés moderno, que por meio da descoberta da Ciência do Cristianismo, mostra como mover-se por entre os obstáculos que encontramos. Todos temos de passar um Mar Vermelho, numa ou outra ocasião, e os ensinamentos da Ciência Cristã nos iluminam o caminho (CS7, p. 566).

Guarde na mente de que isso não é apenas pensamento voluntarioso ou positivo. Nossa confiança de seguir em frente está em Deus: “a ÚNICA Vida, substância, Espírito ou Alma, a única inteligência do universo, que inclui o homem” (CS8, p. 330; ênfase acrescida).

Seção 3: O que aprendemos com isso tudo?
Conforme Wesley nota, durante seu tempo no deserto os Israelitas receberam os Dez Mandamentos. Essa é a lei que Deus lhes deu que leva a Vida (B6, Deut. 4:44; B7. Deut. 5:33). Adicionalmente, os filhos de Israel precisavam aprender com a dura experiencia a contar com Deus somente, em todos aspectos das suas vidas (B8, Deut. 8:2-4,7,9). Por mais de quatrocentos anos, os Israelitas foram escravos. Sem dúvida eles sofreram condições deploráveis. Não tinham tempo livre. Mesmo assim eles se acostumaram a isso por terem se tornado dependentes dos Egípcios para receberem seus mantimentos diários. Eles esqueceram de como confiar em Deus.

As Escrituras dizem que eles precisavam ser humildes, provados, e aprender “o que estava em seus corações”. para saber se eles “manteriam ou não os mandamentos”. Matthew Poole (1624-1679) esclarece que eles tinham que descobrir a “infidelidade, inconstância, hipocrisia, apostasia, rebelião, e perversidade, que estava em seus corações.” Durante seu tempo no deserto, eles aprenderam a confiar em Deus para cada necessidade, e a seguir Seus mandamentos. A recompensa era encontrar uma terra boa, fluindo com águas vivas, abundância de alimento, com falta de nada. O Salmista resume tudo quando e nos aconselha a “confiar no Senhor, e fazer o bem…” (B9, Salmos 37:9).

Nosso livro texto reitera que Deus sustenta o homem (CS10, p.530). Deus alimenta e veste toda Sua criação (CS11, p.507). Pode pensar em alguma experiência no deserto que você esteve? Você pode ainda estar em um. O que está sendo forçado a aprender sobre seu relacionamento com Deus? O CeS diz: nossa confiança na “realidade imortal da Vida” aumenta com nosso entendimento de Deus como Vida (CS12, p.487). Quando entendemos nosso verdadeiro ser, veremos que a vida não é finita, ou material. A crença material sobre a vida será destruída, e reconheceremos Deus como o bem universal (CS13, p. 76).

O que precisamos perceber é: não somos seres materiais separados, tentando encontrar uma maneira para entender Deus para melhorar nossas vidas. Não somos nada mortais. A razão pela qual sofremos experiencias duras não é porque Deus esteja nos ensinando lições. Sofremos experiencias duras porque aceitamos ser mortais. A existência mortal é uma crença separada de Deus, e nossos problemas aparecem por acreditarmos que somos separados de Dele. Em verdade, somos a expressão de Deus. O livro-texto diz que somos “emanações” de Deus (CS14, p. 336). E assim somos inseparáveis Dele.

Seção 4: O Espírito da Lei
Assim como os filhos de Israel tiveram que aprender a serem obedientes aos Mandamentos antes de estarem prontos para a Terra Prometida, também precisamos dar um passo além dos Mandamentos para encontrar a vida eterna.

Moisés deu a lei, “mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (B10, João 1:17). Strong define graça como “a influência divina sobre o coração e seu reflexo na vida.” Isso significa que precisamos incorporar o espírito dos mandamentos para poder completamente obedecê-los.

Jesus não descartou a lei mas a cumpriu (B12, Mat. 5:1,2,17,21-24). A lei era de “rigor, condenação, e morte” (Adam Clarke c1760-1832) e incluía muitos ritos e cerimônias. Era muito pesada em termos de leis como dispositivos mecânicos para manter as pessoas em linha.

Jesus elevou o significado da regra para incluir e manter vigília sobre nossos pensamentos e corações, ao invés de somente gerenciar comportamento. De acordo com o website etymonline.com, regra significa endireitar ou guiar em linha reta. Alguns equacionam isso ao usar uma grade para crescer vinhas para cima ao invés de ao longo do chão. O simbolismo é claro: a essência espiritual de uma regra é direcionar nossos pensamentos e ações de uma maneira ordenada para cima e para longe da terra.

Jesus route a lei da vida. O corpo da lei sem a graça de Cristo é morta. O Mandamento disse: “Não matarás”. Jesus basicamente disse: “não fique nem zangado sem motivo e cuidado com o que você diz e também com o que você pensa.” Ele ampliou o espírito do Mandamento para incluir evitar o ódio que leva ao homicídio. Homicídio é a manifestação externa do problema interno do ódio. As palavras do profeta resumem o ponto focal: “Buscai o bem e não o mal, para que vivais” (B13, Amós 5:14).

Nosso livro texto frisa o ensinamento de Jesus sobre a lei mais elevada do Amor, “que abençoa até mesmo aqueles que a amaldiçoam” (CS15, p. 30). “O caminho direto e estreito” – em outras palavras, a regra que nos guia em direção aos céus, nos leva a vida (CS16, p.324). O instinto humano é de resolver os problemas por força, mas não existe poder algum nisso. Tampouco existe vida nisso (CS17, p.289). O caminho para a Vida eterna é realmente muito simples: deixar do pecado, perder vista da mortalidade, encontrar o Cristo, e reconhecer nossa filiação divina (CS18, p. 316). Claro que sempre é mais fácil seguir uma regra quando você compreende o motivo por trás dela. Isto é porque todos o homens tem uma Mente. Portanto, conflito e violência não têm razão de serem permitidos (CS19, p.467).

Seção 5: TODOS Precisamos de Perdão
Porque a história da mulher adúltera (B15, João 8:3-12) está nessa Lição?
Fazendo uma análise reversa, frente ao fato de que todos seus acusadores também eram auto-condenados por suas próprias consciências, Adam Clarke conclui que o adultério era “extremante comum” naquele tempo. Tão comum ele diz, que a lei encontrada no livro de Números que detalha um procedimento judicial para determinação de culpa ou inocência de um suposto adúltero, teria sido colocada de lado devido ao grande número de homens culposos desse crime, e portanto ninguém se atreveria em acusar as mulheres. Adicionalmente, vários comentaristas apontam que a sentença de apedrejamento implica o acusado ser empurrado de uma plataforma com grande força tendo suas mãos amarradas para trás. Caso a queda não o matasse, uma segunda pessoa – uma testemunha chave, aniquilaria o acusado com uma grande pedra.

Isso parece tudo muito atordoante. É difícil imaginarmos tamanha brutalidade. Jesus claramente salvou a vida desta mulher. Dado o contexto da Lição dessa semana, nos parece que apesar dos Fariseus e escribas conhecerem a lei, eles tinham mais uma camada de compaixão e humanidade a aprender antes de entrarem no caminho da vida eterna. A estória fecha com Jesus pronunciando para a multidão: “Eu sou a luz do mundo: aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (B15, João 8: 3-12).

Na superfície, a afirmação final de Jesus foi direcionada à mulher, mas também a todos aqueles que julgam outros severamente. A lei precisa estar em nossos corações ao ponto de reconhecermos o julgamento arrogante de outros ser visto como um caminhar na escuridão tanto quanto as ações da pessoa sendo julgada.

Isso é um passo bem grande. Pense numa ocasião quando julgastes alguém sabendo bem que eras culpado da mesma infração. Você está disposto a confrontar sua própria indiscrição e admitir sua própria necessidade de perdão?

O Ciência e Saúde frisa que Jesus trouxe o “Cristo vivo”, e a “Verdade prática”, que abre o caminho da Vida para nós (CS20, p.31). Ele nos mostrou um “um sentido mais verdadeiro do Amor” que noós redime das chamadas leis do pecado, doença e morte.

Se ainda não assistiu o filme “Um lindo dia na vizinhança”, recomendo fortemente. Fred Rogers, ainda que “não seja um santo” conforme dito no filme, era alguém que definitivamente possuía um sentido mais verdadeiro do amor crístico que se sobrepunha ao julgamento presunçoso e buscava ver o bem nas pessoas, chegando até elas pela compaixão e compreensão. Esse filme ilustra a simplicidade de uma vida vivida com preocupação genuína para com as outras pessoas. Poucos de nós sentimos poder emular a Jesus, mas todos podemos chegar um pouco mais próximo de emular o Sr. Rogers.

A advertência de Jesus “vai e não peques mais”, geralmente é vista como instrução para aqueles que pecaram, mas igualmente essas palavras valem para os acusadores. Da mesma maneira, as instruções da Sra. Eddy na citação CS22 (p. 234) se aplicam a todos: aqueles que estão cientes do seu pecado, e aqueles que sentem ter o direito de julgar os outros. Cada um de nós deve estar mais familiarizado com o bem, e resguardar contra falsas crenças. Temos que controlar maus pensamentos em primeira instância. É verdade que almejar algo que não deveríamos ter quebra um preceito moral; no entanto, tomar o papel de juiz não é um mal menor do que o papel do agressor. Isto não é dizer que não deveríamos discernir o certo do errado, mas que devemos todos ter a humildade de saber que todos estão trabalhando em algum tipo de pecado.

Com isso em mente, temos a responsabilidade e liberdade de construir uma defesa forte contra maus pensamentos, incluindo todos propósitos malignos. As “rigorosas demandas da Ciência Cristã” são regras, não de restrição, e condenação, mas de nos treinar a manter uma trajetória em direção aos céus (CS23, p. 237). Elas são a prática e disciplina que levam a vida. Acolher esses preceitos da Ciência Cristã abençoa ao indivíduo e a comunidade (CS24, p. 267).

Seção 6: Respire, e recue para escutar
Quando Moisés liderou os israelitas pela sua jornada através do deserto, ele sabia que os israelitas, apesar de Deus ajudá-los com obstáculos perigosos, ainda tinham mais lições para aprender. Ele sabia que isso não seria a última palavra no apocalipse, e que Deus elevaria outro profeta para continuar a jornada (B16, Atos 3: 22 ).

Se suporia que os discípulos de Jesus, tendo sido ensinados pelo Mestre, e tendo testemunhado inúmeras curas diretamente, seriam um tanto avançados no seu entendimento. No entanto, em meio ao que a maioria chamaria de um evento miraculoso, Pedro ainda deixava sua impetuosidade afetá-lo. Pedro, Tiago, e João estavam testemunhando a transfiguração (B17, Mat.17:1-5). Eles viram Moisés, Elias, e seu Mestre em conversação, e de acordo com relatos do acontecimento, o rosto de Jesus brilhava como o sol – semelhante ao rosto de Moises depois de falar com Deus. No entanto, bem no meio da cena Pedro começa a fazer seus próprios planos sobre como comemorar o evento. Sem dúvida ele teve uma grande idéia, mas a voz de Deus o contrariou. Foi dito a ele de maneira direta e clara para ficar calado e escutar o Cristo.

Às vezes quando testemunhamos ou experienciamos algo profundamente espiritual, acabamos nos deixando levar, e começamos e inserir nossas vontades ou idéias. A lição para nós aqui é parar com o planejamento humano, e simplesmente absorver a realidade espiritual. Simplesmente ouvir. O “verdadeiro Deus, e vida eterna” não são compreendidos através do planejamento e atividade humana. É reconhecer, escutar, ouvir, entender, e saber que somos com Ele (B18, 1João 5:20).

Por toda a Lição existe o tema de pausar, virar para o lado para ver, e escutar. É perceber que estamos sobre solo sagrado. É tomar mais um passo adiante para dentro do reino dos Céus. Em nosso tempo, a Ciência divina está falando conosco e revelando que o homem “nunca nasce e nunca morre” (CS25, p. 557). Obtendo essa “visão exaltada” nos permite superar a crença da morte, e encontrar nossa consciência completa da vida e harmonia (CS26, p.598)..

Nosso livro-texto nos diz “A Vida é eterna”, e que devemos descobrir isso, e começar a demonstrar (CS27,p.246). Para fazer isso, precisamos começar pelo começo – com um alma sedenta por Deus. Então devemos nos virar para o lado, e responder à presença de Deus. Temos que escutar e obedecer. Temos que estar dispostos a reconhecer o poder e presença de Deus, e estar dispostos a tomar os próximos passos, e então seguir até o final. Quais são os seus próximos passos? Você está escutando?

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A equipe de tradução para o português é composta por Ana Steffler, Ovídio Trentini e William Trentini. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali você encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, podendo baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.
Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.
Os Cedros são um suplemento para a LB. O estudo em inglês será publicado na 2a. feira no link http://www.cedarscamps.org/metaphysical.

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