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CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA
[Tenham uma Páscoa das mais felizes, demonstrando sua inseparabilidade de Deus! Afinal de contas: “Ele ressurgiu!” Essa era a saudação dos primitivos cristãos. Mantenhamos esse incalculável senso do Cristo ressurgido e do infinito poder de seu amor sanador!]
A Doutrina da Reconciliação
De 10 a 16-04-2017
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Abreviações: Bíblia – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH;
Bíblia Mensagem – MSG; Ciência Cristã – CC; Ciência e Saúde – CS; Lição Bíblica – LB
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Embora a palavra “expiação” tal como usada no Novo Testamento signifique “reconciliação”, a teologia cristã tradicional costuma enfatizar o sofrimento de Jesus, e que o sacrifício de Jesus na cruz serviu como redenção do pecado para todo o mundo. Aqueles que “aceitam” Jesus como seu salvador são ditos “salvos”, bem como os que não permanecem sujeitos ao pecado e todas suas sequelas.
Mary Baker Eddy rompeu com a visão tradicional. Ela não achava que Jesus havia morrido de modo vicário por todos os pecadores, mas que suportara a crucificação a fim de provar a eternidade da Vida, da Alma e do Espírito, e a nulidade da matéria. Como é explicado nessa lição, o sacrifício de Jesus teve um impacto massivo no mundo, e sua demonstração sobre a morte serviu para provar que a Vida vence a morte, e o Amor vence o ódio. Além disso, como é mencionado na Seção 1, Jesus “realizou a obra da vida […] por misericórdia para com os mortais – para mostrar-lhes como realizar a deles, mas não para realizá-la por eles, nem para desobrigá-los de uma só responsabilidade”. Em resumo, a reconciliação de Jesus mostrou-nos o caminho para além da carne.
Há diversas crenças prevalentes que precisam ser corrigidas a fim de podermos alcançar a plena eficácia do trabalho de Jesus. Ele mesmo foi explícito em apontar as crenças. No Texto Áureo (João 12:44, 46) lemos: “[…] Jesus clamou[…]” Comentaristas bíblicos entendem que isso foi uma expressão veemente. Ele não estava dando uma mera sugestão, mas indicando um fato importante: “Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou.” Isso é importante porque Jesus não tomou o crédito por sua doutrina.
Ele sabia que ela vinha de Deus. Ele também sabia que Deus tomava conta de sua missão, que era trazer luz para os que jaziam nas trevas do pensamento mundano. “Permanecer nas trevas” poderia equivaler a viver na ignorância de nossa unidade com Deus. A missão primária de Jesus é unir-nos a Deus.
Na Leitura Alternada (Mateus 23:1,9; João 14:8-11, 27-29; 10:30, 37, 38), Jesus está desviando a atenção dos discípulos da personalidade dele para Deus. Para poderem unir-se a Deus, os mortais precisam desfazer-se de muitos apegos materiais aos quais estejam ligados. Algumas das ligações mais fortes na existência humana são os laços de família. De fato, o sobrenome geralmente é tomado do cabeça da família e não é incomum que as pessoas alcancem um conhecimento de si mesmo por meio de sua família. Muitos buscam nela apoio e segurança. Jesus introduziu um fator de ajustamento. Disse: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.”
Jesus está desviando nossa confiança nos homens para Deus. O teólogo Albert Barnes (1798-1870), acrescenta que: “a palavra ‘Pai’ também denota ‘autoridade, iminência, superioridade, direito a comando, e um vínculo de respeito particular’. Nesse sentido, esses atributos pertencem eminentemente a Deus, e não é justo atribuí-los a pessoas.” Ele também escreve: “Cristo ensinou-lhes que a origem de toda vida e da verdade é Deus, e que eles [os homens] não deveriam procurar/buscar ou receber um título que a rigor pertence só a Ele [Deus].”
Filipe parece não perceber o que Jesus queria dizer. Sua confusão representa a visão curta da crença mortal. Ele pensa literalmente, e Jesus refere-se a isso explicando que sua própria unidade com o Pai é expressa em tudo o que diz e faz. Jesus promete também, que segui-lo [a Jesus] e reconhecer sua unidade com Deus traz paz que em muito excede a que o mundo pode oferecer.
No contexto, Jesus explica que terá de deixá-los, o que os deixa, compreensivelmente, abatidos e tristes. Talvez pudéssemos parafrasear o que Jesus disse do seguinte modo: “Vocês estão tristes porque tenho de deixá-los, mas isto só ocorre por causa da pequenez de vosso pensamento. Estão pensando como um mortal, presos ainda ao vosso senso pessoal em relação a mim. Mas se me compreendêsseis e me vísseis pelo senso espiritual, e me amásseis espiritualmente, vós vos rejubilaríeis por todos. Pois saberíeis que o caminho que estou tomando leva à perfeição e plena união com meu Pai celestial.”
Jesus deu prova cabal de sua doutrina por meio de seu poder sanador. Hoje, temos de dar o mesmo passo que os discípulos deram, de um pensamento baseado na matéria para a compreensão espiritual de nossa unidade com o Amor divino. Como no tempo de Jesus, o registro de curas da CC nos dá coragem e provas da verdade de seu ensinamento.

Seção 1: A unidade de Jesus com o Pai
Quando se olha para o mundo e a experiência humana de um ponto de vista puramente material, certamente parece que a vida é curta e cheia de problemas. Humanamente falando, o homem parece ser um estranho em uma terra desolada, ganhando a vida, tentando conseguir o que pode para si mesmo, e lutando contra todos os outros que estão todos à procura de seu pedaço de uma torta limitada. Se acreditarmos que vivemos separados de Deus, colocados nestas circunstâncias por Ele e deixados para resolver nossos problemas, ou que não existe Deus e estamos apenas em uma luta constante, a vida pode parecer um desafio real. A maior parte da missão de Jesus era pôr fim à crença de que o homem está separado de Deus. Jesus mostrou a unidade do homem com seu Criador e o efeito transformador e curativo dessa unicidade. Jesus nos mostrou o que realmente significa "viver" (B1, 1João 4:9).
Podemos às vezes sentir que, para seguir Jesus, temos de desistir de muitas coisas que agora consideramos prazeirosas. Às vezes, parece que a ideia de “expiação ou reconciliação" é uma espécie de algo sombrio – mais a ver com o sofrimento e o desistir das coisas. Em vez de se concentrarem em desistir das coisas, os ensinamentos de Jesus estão cheios de coisas espirituais – trabalhando para o que é eterno e abundante. Jesus disse a seus ouvintes que para fazer as obras de Deus eles precisavam primeiro, crer (B2, João 6:1 Jesus, 2, 28, 29, 38, 39). Com efeito, ele estava dizendo: "Vocês tem de começar acreditando no que estou lhes dizendo, e seguindo meu caminho. Vocês também devem entender que esta não é a minha opinião. Eu estou compartilhando o que vem a mim diretamente de Deus. Minha vida é estar fazendo a Sua vontade, não a minha. Ao fazê-lo, sei que não posso perder nada.” Sabendo disso, Jesus estava disposto a entregar a sua assim chamada vida material por seus amigos (B3, João 15:13). Que maior sacrifício pode haver? Mas aqui novamente, Jesus sabia que ele não estava realmente desistindo de nada.
Como mencionado acima, Jesus preparou seus discípulos para o que estava vindo. Ele assegurou-lhes que iria abraçar sua verdadeira natureza, e eles veriam como eles poderiam fazer isso também. Pode parecer-lhes como se ele tivesse sido abandonado e sozinho, mas sabia que ele estaria sempre com Deus (B4, João 16:16, 28, 32). Jesus também desejava que seus seguidores compartilhassem a mesma unidade com Deus, como ele tinha (B5, João 17:11, 20, 21). É reconfortante lembrar, então, que Jesus orou não só por seus discípulos, mas por todos os que creem nele através de sua palavra, por todo o tempo. Isso significa que ele orou por você e por mim também, e como sabemos, as orações de Jesus sempre foram eficazes.
Nosso livro-texto nos lembra de que essa era a missão de Jesus: mostrar aos mortais como demonstrar a unidade do homem com Deus (CS1, p.18). A teologia cristã tradicional sustenta que o sacrifício de Jesus foi feito para comprar nossa liberdade do pecado, se crermos nele. Mas a Sra. Eddy percebeu que Jesus não fez isso por nós, mas mostrou-nos como fazer isso por nós mesmos. Parece natural que para a maioria das pessoas a prioridade número um é a autopreservação. Eles amam sua própria vida acima da ideia de amar a outros. Mas Jesus nos deu um "verdadeiro sentimento de amor" (CS2, p.19). Ele nos mostrou um amor além do apego pessoal. Tal amor abençoa a todos, e nos capacita a nos libertar da escravidão de todos os males de que a carne é herdeira.
Jesus estava tão intimamente alinhado com Deus que disse: "Eu e meu Pai somos um". Mas ele não queria dizer que ele e Deus fossem iguais, ou que sua personalidade humana era uma com Deus. Foi o Cristo – sua natureza divina – que o tornou inseparável do Criador (CS3, p.26). Nossa Líder explica a relação inquebrável entre Deus e o homem, como uma gota de água com o oceano, ou um raio de luz com o sol (CS4, p.361). [Clique aqui para ver um vídeo do YouTube sobre essas analogias em "I and My Father (Are One)" escrito por uma mãe de CedarS, Cherie Brennan, em seu álbum "You Are Loved".] Acho que o raio da analogia da luz é muito claro. Você simplesmente não pode ter um sem o outro. Nesta analogia há claramente uma causa e um efeito – uma fonte, e um resultado dessa fonte. Nosso livro-texto define a expiação como "a exemplificação da unidade do homem com Deus” (CS5, p.18). Observe que não há nada mencionado sobre o sofrimento, apenas sobre a unidade com Deus.
[Warren´s (W´s) PS # 1-Cobbey Crisler em João 17: 20-21 (B5)
"Então, João 17:20 começa a terceira seção da oração. Para quem? Para nós. Isto é, se acreditarmos. "Aqueles que crerem em mim através da palavra dos discípulos".
Você pode imaginar o tipo de pessoa necessária para passar a noite de Getsêmani orando por nós? Existe um motivo de pastor? Seu motivo maior está sendo exemplificado lá. "Aqueles que acreditam em mim através de sua palavra."
Essa oração terminou? Alguma comunicação entre Deus e o homem, anjos ascendentes ou descendentes, terminou? Essa oração ainda repousa sobre o Filho do Homem, sobre você e sobre mim?
João 17:21. A oração é "para que todos sejam um". Olhe ao redor e veja qual é o alvo principal. Para manter "todos os homens como um." Se alguém pode evitar que o homem esteja, ou seja, como um, então alguém está preso a um Deus dividido também. Isso destrói e arruína a teologia básica, isto é, para os que participam. Sem fragmentação, sem separação. A oração de Jesus, como diz um dos hinos: "Por todos os seus irmãos, Pai, para que sejamos um". Essa oração se estende até a nossa época. Se essa foi a oração de Jesus, é melhor que seja nossa, especialmente se afirmarmos ser seus seguidores. A oração "para que todos nós possamos ser um, como tu, Pai, és em mim". Existe o padrão de medida. Com isso, Jesus termina sua oração audível." Livro de João, Uma caminhada com o discípulo amado ", de B. Cobbey Crisler]

Seção 2: Traição, julgamento e crucificação – sofrimento duradouro
Um recente programa da PBS, Os Últimos Dias de Jesus, postulou que as evidências históricas contradiziam o cronograma da Semana da Paixão, tal como é dado nas Escrituras. Eles disseram que os eventos teriam muito mais sentido se tivessem ocorrido ao longo de um período de seis meses. Eles também especularam que a crucificação de Jesus foi certamente uma consequência de um esquema político. Não havia, é claro, nenhuma menção de todas as obras de cura de Jesus, ou sua teologia, além de sua conexão com João Batista. Independentemente dos motivos de seus perseguidores, é aceito que Jesus sofreu a tortura e a agonia da crucificação.
Não obstante essas novas teorias, as Escrituras nos dizem que Jesus sabia o que ele enfrentaria e que ele se preparou para a provação por meio da oração. Albert Barnes observa que as passagens em João 17: 1-26 são a mais longa oração registrada no Novo Testamento (B6, João 17:1, 4). Ele escreveu: "Foi oferecida na ocasião a mais terna e solene oração que já ocorreu em nosso mundo, e talvez seja a composição mais sublime que se encontre em qualquer lugar". Barnes também observa que Jesus era tão obediente à sua missão que é possível dizer que ele tinha "terminado o trabalho" que lhe fora dado mesmo antes de enfrentar o desafio da crucificação. Barnes aponta Jesus como um modelo para todos nós dizendo: "Como seria bom se os homens imitassem seu exemplo e não deixassem sua grande obra de vida ser feita num leito de morte" O raciocínio de Barnes aqui é semelhante àquele do conhecido artigo "O Caminho do Getsêmani" de Lucy Hays Reynolds, no qual ela escreve, "Será que se Jesus não tivesse renunciado a tudo o que pudesse ser crucificado ou morto no Getsêmani, este grande demonstrador do Amor conseguiria vencer a cruz ou se elevar da sepultura?"(Antologia dos Artigos Clássicos II, p.93). O melhor homem que já pisou o globo suportou a pior das indignidades humanas. A traição e prisão de Jesus é outro exemplo da falta de confiabilidade dos laços carnais. Jesus é traído por um de seus próprios discípulos. Mesmo Pilatos parece hesitar em dar a sentença. Deve parecer estranho que os judeus estivessem se voltando contra um professor e sanador inofensivo, com tal maldade (B7, João 18:1-3, 12–14, 28-30 ; B8, João 19:1–3, 6,16–18).
Todos sofrem alguma experiência injusta na vida. Mas Jesus recebeu o tratamento mais injusto imaginável, arrematado pelo castigo mais cruel. A Sra. Eddy reconheceu a extrema injustiça de tudo isso, mas viu que não poderia ter sido evitada se fosse para provar a supremacia da Verdade sobre o erro e da Vida sobre a morte (CS6, p.40). Ela descarta a crença teológica de que Deus de alguma forma enviou Seu Filho para sofrer pelos pecadores (CS7, p.23). Essa crença do sofrimento divinamente ordenado é o que faz com que muitos pensem que a expiação/reconciliação é um processo doloroso. Mas na Ciência, a expiação/reconciliação envolve a destruição do sofrimento por meio do poder do Amor. A Sra. Eddy podia relatar algo através de suas próprias experiências, por meio da dor da traição e de mal-entendidos como os que Jesus suportou (CS9, p.50). Ela também teve alunos que a traíram, e ela foi frequentemente maltratada e desvirtuada. Ela sabia que poderia ser muito difícil suportar o "ódio do mundo contra a Verdade e o Amor”.
Ela escreve: "A eficácia da crucificação consistiu no afeto e no bem que foram demonstrados de forma prática para a humanidade" (CS10, p. 24). "Eficácia" significa o poder de produzir um efeito. Assim, a crucificação causou tanto impacto na história porque foi um ato supremo de amor. Como Jesus disse, "maior amor que este nenhum homem tem". Jesus estava muito além da teologia de seu tempo e para ele não era meramente uma questão teórica. Era sua própria razão de ser/existir. A Sra. Eddy escreve que a distância entre o pensamento do mundo e o entendimento de Jesus "fez recair sobre ele as condenações (anátemas) da época"(CS11, p.315). Uma condenação ou "anátema" era uma forma de excomunhão que proibia todas as igrejas, magistrados e pessoas privadas de ter qualquer coisa a ver com os condenados. Isso é muito grave. Jesus poderia ter escolhido salvar a si mesmo, mas ele deixou que eles tentassem destruí-lo, a fim de provar o domínio do Espírito sobre a carne (CS12, p. 51). Jesus fez isso para nos mostrar que o Amor está sempre presente e que nada pode nos separar de Deus.
[W´s PS # 2-Cobbey Crisler em João 17: 1-4 (B6): A oração de Jesus para si mesmo, acabada.
No capítulo 17 do evangelho de João, Jesus está orando de forma audível. Se alguma vez quiséssemos estar presentes quando Jesus estivesse orando, seria realmente durante esta oração muito comovente. Está dividida em três seções. A quem se refere a oração representada nos cinco primeiros versículos? A ele mesmo. É uma oração por si mesmo. Jesus tomou um tempo para si mesmo. Isso é pouco antes do Getsêmani. Então você sabe o que estava em seus pensamentos.
João 17:1. É nessa oração que ele diz: "Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,"
João 17:2, "Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.”
João 17:3: "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
João 17:4. Imagine ser capaz de dizer no final de uma carreira terrena: "Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer.” Seria maravilhoso se pudéssemos dizer isso em qualquer dia, mas esta é uma carreira inteira.
"Livro de João, Uma caminhada com o discípulo amado", de B. Cobbey Crisler]
[W´s PS # 3-Cobbey Crisler em João 18: 1-3 (B7)
"João 18 começa com o verso 1. Ele caminha através do ribeiro Cedron, que separa o Monte do Templo de Jerusalém do Monte das Oliveiras. Há um jardim. Ele esteve lá com frequência.
João 18: 2. – “Judas conhecia aquele lugar,” Quando se está na montanha no lugar tradicional do Jardim do Getsêmani, você pode ver como deve ter sido. Imagine ver a luz brilhante de tochas serpenteando o caminho pelo vale ao lado do riacho Cedron no Jardim do Getsêmani. Os discípulos sabiam o que estava chegando. Eles não poderiam ignorar isso.
As primeiras palavras de Jesus para Judas no Jardim encontram-se no Evangelho de Mateus. Novamente observe o que está em seu pensamento. Se qualquer humano tivesse algum direito de estar ressentido, Jesus poderia ter considerado Judas dessa maneira.
Mateus 26:50, Em vez de raiva, ele diz: "Amigo", essa é a sua primeira palavra a Judas. "Por que vieste?”
"Livro de João, Uma caminhada com o discípulo amado", de B. Cobbey Crisler

Seção 3: O túmulo – "Um refúgio"
Mesmo que para o sentido humano, Jesus tenha sucumbido à crucificação, ele não foi deixado sozinho. O Livro de João diz que dois fariseus que simpatizavam com Jesus se certificaram de que ele recebesse um enterro apropriado e eles o trataram com o respeito e cuidado que merecia – mas que havia sido discriminado horas antes (B9, João 19:38–42). Estudiosos debatem sobre os detalhes, alguns dizendo que "cem libras de peso" foi de mirra e aloe que seriam suficientes para duzentos corpos, mas os detalhes não são tão importantes. O que conta é o fato de que Jesus recebeu cuidados.
O salmista se alegrava de que nunca poderia ser separado de Deus, mesmo que tentasse (B10, Salmos 139:1, 7, 8, 11). ["Para onde" – uma canção desta citação de Salmos 139, do CD “Evening” do Acampamento – é um dos favoritos no acampamento como observado no PS # 1 de W.] Até mesmo a "noite será luz" sobre ele. Às vezes também parecemos completamente sozinhos e longe de Deus. Mas há sempre ajuda à mão, e nunca estamos abandonados.
Nossa Líder descreve de maneira linda a aparentemente desamparada condição de Jesus. Ele não teve ajuda humana durante sua provação, mas ele provou que as condições materiais não podem afetar o Cristo vivo, nem o ódio pode tocá-lo (CS13, p.49). Às vezes, como muitos de nós descobrimos, a experiência mais difícil pode propiciar um crescimento maior do que nunca antes ocorrido. A Sra. Eddy diz que o túmulo, na verdade forneceu a Jesus um refúgio de seus inimigos. Na sepultura, Jesus estava separado do cenário humano, mas nunca se separou de Deus. Isso é uma reminiscência dos três dias de Jonas na barriga da baleia. Consideradas por si mesmas, severas provações não são nada agradáveis. Às vezes, parecemos estar despojados de todos os confortos, e completamente por conta própria. Mas quando todos os auxílios materiais e confortos se foram, temos a oportunidade de voltar-nos inteiramente para o Espírito [- transformando uma sensação de estar sozinho em um sentimento de sermos todos-um]. Às vezes, para o senso humano, tudo parece perdido como aconteceu com os discípulos (CS14, p.44). De certa forma, esses momentos também levam o pensamento das pessoas para longe de nós, e nos dão o espaço que precisamos para crescer. Nossa Líder sabia que Jesus subiu mais alto por causa do copo de amargura que ele bebeu (CS15, p.43). Toda dura experiência nos força a deixar de lado todos os laços carnais, a fim de unir-nos mais firmes a Deus. Antes que possamos reivindicar a vitória, o amor deve triunfar sobre o ódio.
É uma lei na Ciência Cristã que o homem e Deus nunca são separados (CS16, p.336). Nossa compreensão disso abre a porta para a imortalidade.
O salmista estendeu um convite a todos os que queriam ouvir: "Venham e vejam o que Deus tem feito" (B11, Salmos 66:5,7). A luz do Cristo está disponível para TODOS. Jesus compartilhou abertamente a verdade de Deus com todos os que queriam ouvir e fundamentou suas palavras com ação (por meio da cura). O Mestre viu isso como sua missão de resgatar aqueles que estavam perdidos em pecado – e dirigiu-se àqueles que tinham sido abandonados pelos governantes religiosos da época (B13, Mateus 9:10-13, 35). Jesus estabeleceu um exemplo para nós. A luz que estava nele está em nós (B12, 2Coríntios 4:6). Mary Baker Eddy escreveu: "Os grandes fatos espirituais do existir, como raios de luz, brilham nas trevas, embora as trevas, por não compreenderem, talvez lhes neguem a realidade" (CS12, p.546). A mim, a escuridão aqui mencionada se refere à escuridão do pensamento mortal. Pode vir por se envolver com o testemunho do senso material (a dor ou o desânimo), ou se ocupar com distrações materiais (se focando em coisas como competição, ganhos materiais ou diversão frívola), de modo que nossos olhos estão fechados à luz da orientação e libertação de Deus. Alguns podem até ser tentados a acreditar que volver-se a Deus não faz bem ou que não há tempo suficiente para a oração e o estudo. Os problemas surgem quando começamos a colocar mais peso do lado da mente mortal e das condições materiais do que do lado da criação harmoniosa de Deus. Essa criação será reconhecida à medida que se admitir que Deus, a Verdade, é supremo. A escuridão não pode derrotar a luz, nem o erro pode derrubar a Verdade. À medida que entendemos mais sobre a Ciência Cristã e admitimos que Deus é onipotente, reconheceremos que "a realidade está em perfeita harmonia com Deus, o Princípio divino" e nenhuma sugestão de erro (nenhuma escuridão) pode derrubar essa realidade (CS15, p.130). A Ciência do Cristianismo é a luz que brilha nas trevas. E, embora o escuro pensamento mortal não reconheça a luz, a escuridão (a doença, o pecado, o desespero e até mesmo a morte) deve fugir diante da luz do Cristo (CS14, p.347). Nada pode parar o amanhecer da verdade da Ciência Cristã.

Seção 4: A Ressurreição – A espiritualização do pensamento ao desistir das crenças materiais
A ressurreição é possível? A pergunta de Paulo (B11, Atos 26:8) se aplica tanto ao nosso tempo quanto ao dele. Muitos podem sentir que a ressurreição é impossível e uma farsa. Tal ocorrência, afinal de contas, indicaria que Jesus de fato possuía alguma habilidade extraordinária além da explicação humana. Ressuscitar os outros é uma coisa, e difícil o suficiente para alguns acreditarem. Mas elevar-se ultrapassa os limites da credulidade. A narrativa cristã se baseia no fato de que, apesar dos esforços para matá-lo, Jesus realmente se levantou da sepultura.
Ao longo desta lição, vimos como encontrar a unidade com Deus a qual requer o abandono das crenças humanas e dos laços carnais. A experiência de Maria no túmulo (B12, João 20:1, 11–19) é um exemplo de estar numa fase de transição. No início, ela está lamentando a perda de uma pessoa, seu professor e amigo. Ela logo percebe que está procurando por ele no lugar errado. Não há nada no túmulo e os pensamentos do anjo a dirigem a procurar em outro lugar. Ainda pensando que ela está procurando por um cadáver, ela nem mesmo reconhece Jesus, assumindo que ele é outra pessoa. Mas quando ele fala, seus olhos são abertos. Imediatamente ela volta para seus velhos caminhos familiares e busca alcançá-lo. No entanto, Jesus volta seu pensamento para coisas mais elevadas, lembrando-lhe de que seu caminho leva a sair da carne.
Nesse meio tempo, seus discípulos se afastaram de tudo por medo de seus inimigos. Mas o medo deles não é suficiente para impedir que o mestre os alcance e lhes dê a paz mencionada anteriormente, a qual ultrapassa em muito tudo o que o mundo pode oferecer.
Nossa Líder reitera que Jesus realizou sua vitória sobre a sepultura para a iluminação e salvação do mundo (CS17, p.45). Mesmo depois da ressurreição, Jesus continuou a ensinar, e gentilmente a direcionar seus discípulos para as coisas celestiais – longe da matéria para a unidade com o Espírito. A ressurreição não é meramente um retorno ou ressuscitação de uma forma carnal. É uma "espiritualização do pensamento" através da qual a crença material cede à compreensão espiritual (CS18, p.593). A ressurreição era prova da vitória de Jesus sobre a carne (CS19, p.42). O que os mortais pensavam ou acreditavam sobre a aparente morte de Jesus não tinha efeito sobre a realidade espiritual da Vida. Jesus apareceu aos seus alunos depois da crucificação, porque estavam prontos para vê-lo, fornecendo indiscutível prova de tudo o que ele ensinara. Isso lhes permitiu operar em um nível superior e, portanto, para apreender uma visão mais espiritual do homem (CS20, p.509:4). O poder do Cristo rolou a pedra da separação entre o homem e a vida eterna. Isso nos mostra que a expiação/reconciliação pode ser realizada (CS21, p. 45:16).

Seção 5: Ascensão – a saída final da carne
De acordo com o contexto bíblico, a citação B13 (Atos 4:33) se dá realmente após a ascensão, mas convém observar que os alunos de Jesus foram de fato encorajados depois de testemunhar a ressurreição e a ascensão. Antes de ascender, Jesus os abençoa e então eles se separam. Mas dessa vez a sua separação não é triste, mas sim cheia de alegria porque sabem que Jesus não está morto, mas vivo e conscientemente saiu da carne (B14, Lucas 24:50-53). Eles também têm esperança de vê-lo novamente. Esse evento compreensivelmente fortalece sua determinação em continuar a missão de Jesus. Estão cientes de que, mesmo que seu mestre não esteja mais com eles em pessoa, o Senhor está sempre trabalhando com eles apoiando sua pregação e seu trabalho de cura (B15, Marcos 16:20).
É importante notar que todos os cristãos estão unidos nesse esforço de cura, e todos temos a mesma oportunidade de continuar a causa (B16, Gálatas 3:28)
Jesus nos mostrou que a "verdadeira essência da plenitude" é espiritual. A imagem material desaparece quando aparece a realidade do Espírito (CS22, p. 292:31). A ascensão de Jesus literalmente mudou o mundo. Embora tentassem destruí-lo, seus inimigos falharam, e mesmo que tivessem pensado que haviam conseguido, ficou claro que uma ideia não pode ser morta (CS23, p.43). É importante notar que a Sra. Eddy escreve que Jesus superou "todo erro" e não apenas um pouco dele (CS24, p.39). Se esperamos seguir seu caminho, temos também que estar "todos à disposição". Temos de abandonar todos os laços carnais e sozinhos encontrar nossa união com Deus. É certo que isso não é fácil. Junto com "alegrias e triunfos" também haverão "tristezas e aflições" (CS25, p.40). Temos de estar dispostos a afastar-nos de todos os desejos e crenças materiais. Mas lembrem-se de que não significa "desistir" de tudo. É de fato vestir-se de espiritualidade e ganhar a vida eterna. É despertar para a inseparabilidade que temos com nosso Criador. Nosso livro-texto nos diz que devemos trazer isso à vista e pôr em prática em nossa vida diária (CS26, p.202). O passo final na expiação é a plena realização de nossa unidade com Deus (CS27, p.476).

Seção 6: O santo braço de Deus – evidência do poder de Deus
Isaías sugere que aqueles que creem são aqueles que viram o poder de Deus em ação (B17, Isaías 53:1). Isaías também declara que todas as nações verão a prova do poder divino. A imagem de "desnudar” o braço (B18, Isaías 52:10) é tomada de guerreiros que desnudavam seu braço para a batalha, permitindo-lhes atacar à espada sem estorvo. Por meio da compreensão de nossa unidade com Deus sabemos que nos apoiamos totalmente nEle e não em nossa própria força [como "arregaçar nossas mangas" para qualquer boa realização]. Compreender a expiação é verdadeiramente motivo de regozijo (B19, Romanos 5:11). Por meio da compreensão de nossa unicidade com Deus, o sofrimento desaparece e o divino Amor governa.
Nosso livro-texto reitera: "Regozijemo-nos!" (CS28, p.249). Assim como os primeiros cristãos, também nós, quando vemos esse poder cumprido na cura, não podemos deixar de reconhecer que o homem e Deus são inseparáveis, e que este é o mesmo poder que permitiu a Jesus vencer a sepultura e elevar-se acima do sentido material (CS29, p.24).
A citação CS30 (p. 497) inclui os últimos três princípios da Ciência Cristã. Enumera tudo o que essa lição já abordou: O poder do Amor é eficaz e nos leva a uma plena consciência de nossa inseparabilidade com Deus; Sim, somos "salvos" por meio do Cristo. O propósito da crucificação não era meramente a fim de que Jesus pudesse morrer por nós e nos salvar do pecado, mas para nos mostrar "que a Alma […] é tudo, […] e a matéria nada é". E, finalmente, temos uma parte a desempenhar na expiação – orar pela mesma unicidade consciente que Jesus teve com Deus, e trazê-la em nossa vida.
Na Ciência, que é outra maneira de dizer, "na realidade", há apenas uma Mente (CS31, p.510). Sendo assim é lógico concluir que não há mentes separadas da Mente única. Deus é a Mente, e o homem é a ideia, e todas as ideias estão nessa Mente e são inseparáveis dela.

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Este estudo metafísico foi preparado por Craig L. Ghislin, C.S. of Glen Ellyn, Illinois (Bartlett) craig.ghislincs@icloud.com / (630) 830-8683
A equipe de tradução para o português é composta por Ana Paula Wagner, Dulcinea Torres, Elisabeth Z. Friedrichs, Leila Kommers e Ovídio Trentini. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, para baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.
Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.
Os Cedros são um suplemento para a LB. O estudo em inglês será postado, no link abaixo, na 2a. feira. Sua tradução para o português será postada até a 4ª feira. Busque e leia o texto em inglês em http://www.cedarscamps.org/metaphysical.

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