CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA
Permaneçam ligados à verdadeira videira para uma vida mais produtiva, cheia de frutos e abençoada!
26 de fevereiro a 4 de março de 2018
Tema: “Cristo Jesus”
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Abreviações: Bíblia – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH;
Bíblia Mensagem – MSG; Ciência Cristã – CC; Ciência e Saúde – CS; Lição Bíblica – LB
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O Texto Áureo (João 15:16) desta semana traz o tema da frutificação. É meio óbvio demais afirmar que um ramo de uma árvore frutífera ou de uma videira só possa florir ou dar fruto se permanecer ligado à árvore ou à videira. Mas, às vezes, o óbvio é preciso ser dito.
A Leitura Alternada (João 15:1, 2, 4, 5, 7-12) expande a ideia de frutificação ao continuar no mesmo capítulo de João. Apenas pensem por um minuto sobre essa ideia. Quantas vezes corremos por aí com a sensação de sermos responsáveis pelo resultado de algo, ou do que precisa ser realizado para termos êxito em um projeto, e assim por diante? Será que esses versículos não nos ajudam a pensar de modo diferente sobre nossas responsabilidades e de como atendê-las? Uma vez que “nos cortamos” da videira, a fonte de toda atividade realmente frutuosa, e nos lançamos “por conta própria”, acabamos perdendo subitamente tudo o que a videira provê para podermos produzir os frutos.
Sempre que nos declararmos como “realizadores” no processo, perdemos o que a videira provê—a fonte infinita do poder sanador, da criatividade, da alegria sem limites, da graça, da paciência, da paz, da inteligência, etc. A videira é assemelhada ao Cristo, e Deus, ao agricultor. Deus cuida da videira para que nos traga mais inspiração, compreensão, saúde, alegria e todos os “frutos” listados acima.
O agricultor nos ‘escolheu’, como diz o TA. Não estamos sujeitos à casualidade; fomos divinamente escolhidos, estimulados e guardados. Quando parecemos errar o alvo, por alguma, razão, o ‘agricultor’ vem e corta aquilo que não é produtivo ou que não vem de Deus. Aliás, essas coisas podadas do nosso ser /existir produtivo não são parte importante nem essencial de nossa identidade, não é mesmo? The NTLH faz a seguinte colocação de João 15:8: “E a natureza gloriosa do meu Pai se revela quando vocês produzem muitos frutos e assim mostram que são meus discípulos..” Sendo o Pai o agricultor, nessa analogia, um campo frutífero atesta, então, a Sua habilidade e Seu amor (Sua glória).
No versículo seguinte, somos alertados para “permanecer[eis] no meu amor” (v. 10). Isso nos lembra de que devemos permanecer ligados à videira! E onde fala no vers. 11 sobre experimentar ‘um gozo completo’, me faz lembrar de que só podemos continuar a maturação do fruto se permanecermos ligados à videira, pois, do contrário, se “cortarmos nossa ligação” (e por sermos, em realidade, reflexos divinos, só podemos fazer isso em pensamento), “nada podeis fazer” (vers. 5).
Cristo Jesus foi verdadeiramente o homem mais frutuoso que palmilhou a terra. Ele encorajou seus seguidores ao longo do tempo a tornarem-se cada vez mais frutuosos em obras de cura e bênçãos em Cristo. Ele realmente permaneceu uno a Deus e ao Cristo ao longo de sua carreira, e isso encheu a obra de sua vida até a borda com curas, para glória do Pai-Mãe. Ele marcou o caminho; podemos seguir por ele e verificar que nossos frutos não vêm das nossas próprias habilidades e potencialidades, eles vêm do Cristo que supriu os filhos de Deus com poder de cura por toda a eternidade.
Seção 1 – Todo o bem germina do Cristo.
Espero que ninguém se canse das analogias de ‘cultivo’ que aparecem nesta lição; são muitas! Na época de Jesus, havia mais pessoas envolvidas com plantações do que nos dias desta era de agricultura corporativa, de modo que essas analogias eram muito bem recebidas por aqueles que as ouviam. Ainda hoje esses símbolos são muito ilustrativos.
Na citação B2 (Isaías 11:1, 2) temos a profecia de Isaías ligando a vinda de Jesus à árvore genealógica do rei Davi. A ideia aqui é de que o Messias teria suas raízes na família do rei ungido e mais venerado na história de Israel. E na citação B3 (Malaquias 3:1, 11) gosto do paralelo que o vers. 11 faz com o TA: “… vosso fruto permaneça”; quando afirma: “… para que não consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.”
Nossa habilidade de fazer o bem, de curar e abençoar não depende de fatores ambientais, seja dinheiro, clima, família, idade ou experiência. Ela depende de Deus e do Cristo com quem Ele se comunica (CS2, p. 332). Pode ser útil para compreender o Cristo olhar algumas afirmações nesta seção e reduzi-las à sua forma mais simples:
O Cristo é: a “ideia espiritual”
“o reflexo de Deus”
“a verdadeira ideia que proclama o bem, a divina mensagem de Deus aos homens”
“o Espírito ao qual Jesus se referia em suas declarações…”
a “divindade do homem Jesus”, “sua natureza divina”, “a divindade que o animava”.
Quando analisamos essas “definições” de Cristo podemos compreender mais facilmente nossa ligação com o Cristo! Também podemos ver que a fruição que vem com essa ligação é eterna, e continua até hoje.
Seção 2 – A inspiração do Cristo é eterna.
Nesta seção, temos a história de Jesus transformando água em vinho numa boda em Caná da Galileia. A Sra. Eddy refere-se ao vinho, na p. 35 de Ciência e Saúde como “… a inspiração do Amor…”. O mestre-sala repreendeu o noivo (B6, João 2:1-3, 5-11) por servir o vinho bom por último. (Era comum servir o vinho bom primeiro e depois o vinho de menor qualidade, quando as pessoas já estavam um tanto embriagadas.)
Para mim, esse ato de Jesus pode ser assemelhado a uma bênção ao matrimônio, de que a novidade, a inspiração, o amor e a dedicação dos recém-casados só poderia aprofundar-se e tornar-se mais abençoada à medida em que o matrimônio avança. Essa é a bênção do Cristo que cresce em alegria e cura, na proporção em que se torna mais profundamente compreendida (reminiscências do vinho).
Nessa seção, a bênção das bodas está correlacionada à cura das multidões por Jesus, mais tarde em sua carreira, ilustrando a eterna inspiração do Cristo para curar. O Cristo purifica nosso conceito de homem—notem que a água que ele transformou em vinho era usada para purificação antes da refeição. Essa inspiração do Cristo que Jesus incorporava abençoa a humanidade de formas tangíveis. Ela traz o Espírito à nossa consciência e, no processo, altera a matéria de modo a vermos a presença e o poder do Espírito em nossa experiência humana, hoje como era há dois mil anos.
Seção 3 – O reto e estreito é o mais frutífero.
Quando pensamos em "reto e estreito", poderíamos pensar em restrição e confinamento. Mas, de fato, essa é a afirmação da serpente / mente mortal – não dê ouvidos a ela! Veja a versão que A Mensagem diz para a citação B9 (Mateus 7:13-16, 18, 20): "Não procurem atalhos para Deus. O mercado está transbordando de fórmulas fáceis e infalíveis para uma vida bem sucedida que podem ser aplicadas em seu tempo livre. Não caiam nesse golpe, ainda que multidões o recomendem. O caminho para a vida – para Deus! – é difícil e requer dedicação total. "
Ao dar ouvidos às sugestões da mente mortal de que podemos ter mais diversão, maior brilho, mais sucesso, por meio de uma vida muito mais material, acabamos nos sentindo decepcionados e limitados pela matéria e pela insatisfação. Somos ideias espiritualmente projetadas, "escolhidas" (Texto Áureo) por nosso Pai-Mãe; portanto, recebemos o bem infinito, a alegria infinita e o sucesso infinito por meio dessa "videira" – por meio do Cristo.
É verdade, no entanto, que o caminho estreito exige nossa vigilância, tanto nos estados citados acima como na citação CS14 (p.324, 14-15). É impressionante perceber a afirmação em A Mensagem que diz que vida bem-sucedida pode ser praticada "em seu tempo livre". Não é essa a reivindicação constante? Que podemos estar "em forma em 15 minutos por dia" – que podemos ser magros eliminando as bananas ou algo assim? Que podemos ser felizes se acabamos de ajustar "uma coisinha"? Mas, de fato, a alegria, a saúde, o equilíbrio provêm da "atenção vigorosa e total" a Deus. Não há outro caminho para uma vida frutífera e alegre. Vale a pena? Sim!!
Seção 4 – Jesus trabalha e nosso discipulado está enraizado na bondade de Deus.
Esta seção da Bíblia contém muitos versículos de Jesus curando multidões e também, enviando seus discípulos para fazer o mesmo. Começando com a citação B10 (Lucas 4:14) "… Jesus, no poder do Espírito, regressou…". Seu poder estava enraizado em sua compreensão de Deus. Ele compreendia que esse poder estava acessível a todos e não ao seu "poder pessoal". "Ele não atribuía a si mesmo inteligência, ação, nem vida separadas de Deus" (CS17, p.136: 1-6).
Ao enviar seus discípulos para curar, ele estava nos dizendo também para sairmos e fazermos esse trabalho abençoado. A palavra discípulo significa "aluno", como a Sra. Eddy nos diz na citação CS18 (p.271: 11). Isso significa que podemos aprender a fazer o que Jesus fez. Não uma habilidade "mágica" especial própria dele. Pelo contrário, é uma habilidade natural cultivada a partir de nossa compreensão de Deus e Seu Cristo.
Mary Baker Eddy até usa a palavra "cultivada" na citação CS18 – um termo agrícola bem preciso!! Nossa própria habilidade de curar surge do "solo" da compreensão daquilo que está indicado na citação CS19 (p.259:12), de que "Deus perfeito e homem perfeito" é "a base do pensamento e da demonstração”.
Seção 5 – O medo obscurece os frutos / a cura.
O medo não tem poder verdadeiro. Jesus estende a mão para Pedro, assim que Pedro começa a afundar pelo medo. O Cristo está sempre lá para nos levantar. Mas o medo pode nos fazer sentir como se estivéssemos cortados daquela videira de que estivemos falando. O medo nos diz que somos seres separados, que estamos por conta própria e que somos responsáveis pelos nossos "próprios" problemas e soluções.
Retrocessos acontecem. [Click for today's Daily Lift "When something awful happens"". "Quando ocorre algo horrível".] Às vezes, as recompensas por seguir o caminho que Jesus estabeleceu para nós parecem ser poucas e estar distantes. Talvez as recompensas materiais brilhem no horizonte como joias tentadoras. E, verdadeiramente, às vezes essas recompensas nos fazem sentir bem por um tempo. O problema é que sempre acabamos enfrentando as deficiências da insatisfação material, mais cedo ou mais tarde. Deparamo-nos diante de um desafio de saúde, financeiro, de relacionamento ou de idade. E sem nossa "atenção vigorosa e total" ao caminho estreito, ficamos com opções limitadas, todas terminando na morte.
Não estou dizendo que teremos uma existência material eterna ao seguir Jesus (e isso não é algo que ele pregava) – teremos "apenas" alegria ilimitada, satisfação ilimitada, inspiração ilimitada. Vale a pena atender às exigências do Cristo como nos diz na citação CS23 (p.22: 6, 15). Os frutos exigem de nós atenção, prática, vigilância vigorosa. Essas qualidades e atividades dissolvem o medo na compreensão do Amor. O medo é dissolvido pela presença do Cristo.
Seção 6: Somos naturalmente criados para sermos abundantemente frutíferos no bem.
Podemos "levantar-nos cedo" todos os dias, como na citação B17 (Cântico 7: 12) e permitir que a abundante bondade de Cristo entre na consciência constantemente. Isso é natural para nós, assim como a natureza cultiva/cria as coisas! Jesus nos mostrou isso não só por meio de obras milagrosas, mas também ao ensinar os discípulos e os apóstolos a fazer esses trabalhos também. Ele ensinou a eles e a Paulo pessoalmente, e nos ensina ainda hoje por meio da revelação e por meio dos escritos da Bíblia (e o Consolador que ele prometeu nos ensinaria todas as coisas).
Seu exemplo nos ensinou várias vezes que a inspiração duradoura do Cristo está com cada um de nós e é atendida por Deus, pelo Espírito. À medida que seguimos o caminho dele e descobrimos mais sobre Deus, nos tornamos cada vez mais produtivos, demonstrando o nosso domínio dado por Deus sobre as reivindicações da matéria, assim como Cristo Jesus fez.
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Este estudo metafísico foi preparado por Kerry Jenkins, CS de House Springs, MO Kerry.helen.jenkins@gmail.com (314) 406-0041
A equipe de tradução para o português é composta por Ana Paula Wagner, Dulcinéa Torres, Elisabeth Zir F., Leila Kommers, Ovídio Trentini e William Trentini. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali você encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, podendo baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.
Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.
O Estudo Metafísico do CedarS é um suplemento para a LB. O estudo em inglês será postado, no link abaixo, na 2a. feira. Sua tradução para o português será postada até a 4ªfeira. Busque e leia o texto em inglês em http://www.cedarscamps.org/metaphysical.