As bênçãos com a volta às aulas são para todos nós!
CIÊNCIA CRISTÃ – LIÇÃO BÍBLICA
“O homem”
30 de agosto a 5 de setembro de 2021
Estudo preparado por: Christie C. Hanzlik, C.S. em Boulder, CO, EUA
ccern@mac.com +1-720-331-9356 christiecs.com
Abreviações: Bíblia JFA Revista e Atualizada – B; Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje – NTLH; Bíblia A Mensagem – MSG; Ciência e Saúde – CS ou C&S; Lição Bíblica – LB
Para mim, esta Lição Bíblica com o tema “Homem” é um lembrete de que, quer você e eu literalmente voltemos à escola esta semana ou não, todos nós podemos usar esta época do ano para renovar a receptividade, pureza e mansidão característica das crianças. Podemos metaforicamente vivenciar uma semana de volta às aulas à medida que nos concentramos em nossa semelhança inata com as crianças. O Texto Áureo (TA) da Lição Bíblica desta semana nos lembra: “…[somos] todos filhos do Altíssimo” (TA, Salmos 82:6).
Como este “Estudo Metafísico” é sobre voltar para a escola, pensei em sugerir algumas possíveis tarefas para “lição de casa” para nós como alunos. Existem seis tarefas (mais uma tarefa de bônus) que podemos encontrar neste Estudo Metafísico. Em primeiro lugar, proponho que nesta semana cada um de nós se esforce para afirmar — mesmo antes de sair da cama — que somos todos crianças. Talvez você possa colocar um post-it ao lado da cama que diga algo como: “Você é um filho do Deus vivo”. Somos todos as crianças de Deus, não os adultos de Deus … cada um de nós possui qualidades características de crianças como receptividade, frescor, alegria, humor e a expectativa do bem. E, na medida em que reconhecemos esse dom constante e renovador da eterna infância, o experimentamos diariamente.
Ao ler a Lição desta semana, percebi que as qualidades dos jovens enfatizadas em cada seção se aplicam bem aos indivíduos e também às instituições. Como uma segunda tarefa, considere relacionar as qualidades dos jovens enfatizadas na lição desta semana a cada aspecto da atividade da igreja. Poderíamos nos perguntar: “O que acontece ao nosso conceito de igreja quando aplicamos a ele as qualidades da juventude?”. Como escreve Mary Baker Eddy: “Enquanto os adultos vacilam entre duas opiniões ou lutam com crenças errôneas, a juventude avança fácil e rapidamente em direção à Verdade” (CS22, p. 236). Quando aplicamos esta frase à igreja, ela pode ser lida assim: “Enquanto [uma igreja antiga] vacila entre duas opiniões ou luta com crenças errôneas, [uma igreja jovem e vibrante] avança fácil e rapidamente em direção à Verdade”.
A Leitura Alternada (LA) conta a história em Mateus na qual os discípulos de Cristo Jesus perguntavam a ele qual deles era o maior. A questão deles era uma “questão de envelhecimento”, pois delineava um futuro e se baseava em um tradicionalismo de hierarquia, cheio de ego e egocentrismo e assim por diante. Esse tipo de pensamento é antigo porque não permite frescor e renovação. Cristo Jesus não respondeu à pergunta deles selecionando um dos discípulos como melhor do que os outros, nem disse: “nenhum de vocês”. Em vez disso, ele pediu a uma criança que se juntasse ao grupo e instruiu os discípulos a “se tornarem como crianças”. Cristo Jesus ilustra ainda mais esse ponto sobre a humildade característica das crianças, lembrando aos discípulos que eles são as ovelhas e não o pastor, e que o pastor divino não valoriza uma ovelha em detrimento de outra, mas sim, se alegra com cada ovelha, incluindo aquelas que precisam de mais ajuda. (LA, Mateus 18:1-5, 10-14).
A Lição Bíblica desta semana é também um tratamento eficaz contra a preocupação com os alunos que começam o ano escolar. Para a terceira tarefa, ore pelas crianças em idade escolar no mundo todo. Sempre que haja a possibilidade de sermos tentados a nos preocupar com os alunos que começam a escola durante o que parece ser uma crise sanitária e um clima em que tiroteios nas escolas são comuns o suficiente para que as crianças participem de “exercícios de tiro”, além dos “exercícios de incêndio”, podemos deixar nossa tentação de nos preocupar para ser nosso lembrete afirmativo que o Consolador (a ação do Pastor) está falando e confortando a cada criança. Oramos até não nos sentirmos mais preocupados, porque a preocupação é uma forma de negligência. Na política educacional, muitas vezes ouvimos a frase “nenhuma criança é deixada para trás”. Bem, aplicando a leitura alternada desta semana como uma oração por todas as crianças ao redor do mundo, podemos afirmar que no reino de nosso pastor “não há ovelhas deixadas para trás”. Cada ovelha é “protegida, guardada, amada” (Hino 278).
Também estou curiosa para saber por que as bem-aventuranças aparecem fora de ordem na lição – a sexta vem primeiro na lição, por exemplo. Além disso, duas delas foram deixadas de fora. Suponho que uma tarefa bônus poderia ser descobrir isso. E a boa notícia sobre nosso retorno à escola … já somos alunos perfeitos, com uma conexão perfeita com a Mente divina perfeita!
Seção 1: A Paternidade e maternidade de Deus
A primeira seção da lição nos lembra que Deus é o “Pai” e também a “Mãe” de cada um de nós (B1, Isaías 63:16; e B2, Isaías 66:13).
Cada um de nós teve diferentes exemplos de pai e mãe, e podemos ter ideias positivas ou negativas, felizes ou perturbadas, ou simplesmente confusas a respeito da relação temos com pais e mães. Mas a maternidade e a paternidade de Deus são perfeitas, o que significa que é o ideal fundamentado em princípios e amor de apoio, aceitação e pertencimento que vem de nossa linhagem divina.
Aceitar nossa linhagem divina de todo o coração é uma oração simples e poderosa. Deus já nos escolheu como filhos. E podemos aceitar a ascendência do Amor com uma oração simples: “Nós somos teus” (B1, Isaías 63, na versão da Bíblia King James). Que oração simples de três palavras! E como filhos do Amor / da Verdade / da Vida / da Mente, somos herdeiros do Amor / da Verdade / da Vida / da Mente, o que significa que herdamos livremente o bem, a força e o poder do Amor / da Verdade / da Vida / da Mente (B4, Romanos 8:16, 17).
Nos seus escritos, Mary Baker Eddy usa o termo “homem” para significar todos nós, independentemente do sexo (tipo ou espécie), e diz que “Homem é o nome de família para todas as ideias — os filhos e as filhas de Deus” (CS1, p. 515). Ao longo dos anos, tenho tentado pensar em outra palavra para “homem” que seja abrangente, sem soar relacionada ao gênero. A lição desta semana me fez pensar que a palavra “filhos” ou “descendência” funciona na maioria dos casos, especialmente porque afirmamos que todos somos crianças. Por exemplo, considere substituir a palavra “filhos” por “homem” nessas declarações…(1) “Na ciência divina, [as crianças são] a imagem fiel de Deus. A compreensão como a de Cristo a respeito do existir científico e da cura divina inclui o Princípio perfeito e a ideia perfeita — [Pai] perfeito e [filhos e filhas] perfeito — como base do pensamento e da demonstração (CS6, p. 259).
Seção 2: Bem-aventurados os limpos de coração
A segunda seção destaca a pureza infantil e inclui a bem-aventurança: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (B6, Mateus 5:8). Em outras palavras, bem-aventurados são aqueles que têm uma verdadeira compreensão da pureza, porque eles compreenderão a Deus.
Inocência e pureza não são qualidades que começam em uma quantidade fixa que é então diminuída à medida que fazemos coisas erradas. Não. Essa seria uma visão limitada (ou material) de inocência e pureza. Em vez disso, nossa inocência e pureza crescem e se revelam à medida que mais as compreendemos. A inocência e a pureza de um bebê recém-nascido são preciosas, é claro. Mas à medida que enfrentamos desafios e aprendemos a defender e verdadeiramente compreender nossa inocência e pureza inatas, essas qualidades são fortalecidas e enriquecidas, e sua potência se expande. Nossa inocência e pureza aumentam à medida que as compreendemos mais e mais.
Muitas pessoas acreditam erroneamente que nossa inocência e pureza podem ser perdidas. A inocência e a pureza não podem ser perdidas. Podemos parecer esquecê-las ou podem parecer nubladas, mas essas qualidades nunca se perdem. Nosso Pai divino nos deu, e elas não nos podem ser tiradas. Essas qualidades só podem ser descobertas e reveladas à medida que as compreendemos mais e mais. Podemos nos sentir cada vez mais puros e cada vez mais inocentes a cada dia. Descobri que estou mais ciente de minha inocência e pureza inatas agora do que há vinte anos. Embora agora eu saiba que minha inocência e pureza sempre estiveram comigo, elas eram conceitos mais confusos para mim vinte anos atrás. Agora eles estão mais claros. E espero que eles continuem a se tornar cada vez mais claros e, portanto, cada vez mais potentes. O poder espiritual de nossa inocência e pureza é verdadeiro para todos nós.
Algumas pessoas parecem desprezar os jovens e os adultos jovens por parecerem inexperientes, ignorantes ou irresponsáveis. “Adultos” às vezes parecem adotar uma atitude sobre os jovens que soa algo como: “Bem, eles não entendem agora, mas um dia eles verão …” Não consigo imaginar uma maneira mais sufocante de abordar os jovens e jovens pensadores. Essa abordagem é uma forma sutil de negligência contra as qualidades da juventude que deveriam ser valorizadas e estimadas em todos nós. Somos todos filhos da Mente divina e esta é nossa única fonte de sabedoria e pureza. Todos nós podemos reivindicar a juventude para nós mesmos, e não menosprezar os outros que são jovens, e não permitir que outros nos desprezem por nossa juventude. Como Timóteo nos diz: “Não deixe que ninguém o despreze por você ser jovem. Mas, para os que creem, seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza” (B7, I Timóteo 4:12, NTLH),
A segunda seção ilustra o poder protetor da pureza com a história de José. A pureza de José o protegeu das falsas acusações da esposa de Potifar (B9, Gênesis 39:1,2,6–10).
Mary Baker Eddy faz afirmações fortes sobre o poder protetor da pureza, que é uma qualidade inata da juventude. Ela escreve: “Na ciência [somos] gerado[s] pelo Espírito. O belo, o bom e o puro constituem [nossa] ascendência. [Nossa] origem não está no instinto bruto [células limitadas governadas por cérebros e hormônios], e [nós] não passamos por condições materiais antes de alcançar a inteligência. O Espírito é a fonte primordial e suprema do [nosso] existir; Deus é [nosso] Pai, e a Vida é a lei do [nosso] existir” (CS8, p.63 – com [itálico entre colchetes] como substituições neutras de gênero para “O homem é / sua / seu”).
Seção 3: Bem-aventurados os mansos.
A segunda seção enfocou a pureza como uma qualidade infantil, e a seção três enfoca a mansidão. A seção 3 começa com a bem-aventurança de Cristo Jesus, “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (B10, Mateus 5:5). Para mim, essa bem-aventurança enfatiza que mansidão é força. Mansidão é uma disposição calma e clara de fazer o que é certo e bom.
Para um mergulho rápido no significado de mansidão, considere uma quinta tarefa … leia o artigo de George Moffett “La mansedumbre es poder, no debilidade” [A Mansidão é poder, não fraqueza], da edição de maio de El Heraldo de la Ciencia Cristiana.
A terceira seção oferece o exemplo do menino Samuel ouvindo a voz de Deus e perguntando a seu mentor, Eli, três vezes se Eli estava chamando por ele. A mansidão de Samuel, que é característica das crianças, permite que ele ouça a voz do Senhor. E, a mansidão infantil de Eli permite que ele saiba que Samuel está ouvindo a voz de Deus. A mansidão de Eli é especialmente notável, pois Eli era o sumo sacerdote neste templo em Shiloh. Se Eli tivesse um pensamento antigo, talvez ele pensasse que não havia maneira de Deus falar com uma criança inexperiente como Samuel. Mas Eli não teve um pensamento antigo. Eli foi capaz de ver o que estava acontecendo (apesar de ser fisicamente cego, ele provavelmente tinha mais visão do que os outros). Essa história é tanto sobre a característica das crianças que de Eli mantinha quanto sobre a receptividade de Samuel. Alguns adultos podem não ter a mente tão aberta quanto Eli e podem ter dispensado Samuel. Mas a mansidão de Eli permitiu que ele soubesse o que estava acontecendo (B12, I Samuel 3:1-6,8-10,19,20). Em última análise, é claro, a escuta mansa de Samuel o levou a se tornar um profeta respeitado, sacerdote e o último juiz em Israel … uma realização extremamente rara.
Como Mary Baker Eddy afirma: “Livremo-nos da crença de que [as crianças] estejam separadas de Deus e obedeçamos unicamente ao Princípio divino, à Vida e ao Amor. Esse é o grande ponto de partida para todo verdadeiro crescimento espiritual” (CS17, p. 92).
Seção 4: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça
A seção 4 é enquadrada em torno da bem-aventurança: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (B13, Mateus 5:6). Pelo que entendi, essa bem-aventurança tem a ver com desenvolver o que Mary Baker Eddy chama de “os anseios do homem imortal” (CS, p.60-61). Esses anseios, que começam com um desejo de bondade e maneiras de deixar nossa luz brilhar, levam à verdadeira satisfação e realização. Nunca ficamos satisfeitos quando ansiamos por coisas efêmeras porque as coisas efêmeras, por definição, vão embora. Mas, por exemplo, quando ansiamos pela capacidade de amar mais e de forma mais pura, encontramos satisfação duradoura. Como uma sexta tarefa, considere mergulhar neste conceito de desejos imortais lendo: “The Youth-and-Morality Article” [la juventud y la moralidade] de Channing Walker (na edição de fevereiro de 1996 do El Heraldo de la Ciencia Cristiana).
A seção 4 se refere à educação que nos guia pelos “caminhos certos” para a sabedoria (B15, Provérbios 4:11). Como lemos em Isaías: “Todos os teus filhos serão ensinados do Senhor, e grande será a paz dos teus filhos” (B14, Isaías 54:13). É consolador saber que o Senhor é nosso Mestre. Podemos nos esforçar para ser alunos dispostos e ávidos.
As citações correlatas desta seção em Ciência e Saúde são úteis para ver um modelo completo para a educação … além de edifícios de tijolos e argamassa. Ao ler essas citações, percebi que o melhor modelo para um professor é Cristo Jesus, o indicador do Caminho. Cristo Jesus é a melhor expressão do Mestre divino. Essa percepção me levou a reler essas citações com Cristo Jesus em mente como um professor exemplar. Por exemplo, considere a declaração de Mary Baker Eddy: “Os pensamentos puros e edificantes do professor, [que tem Cristo Jesus como modelo], constantemente transmitidos aos alunos, alcançarão altura maior do que a dos céus da astronomia” (CS 19, p.235 com [itálico entre colchetes]).
Seção 5: Bem-aventurados os humildes de espírito.
A quinta seção é enquadrada em torno da bem-aventurança: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (B17, Mateus 5:3). A expressão “humildes de espírito” pode ser confusa porque soa negativa. Pelo que entendi, ser humilde de espírito significa ter humildade e ser isento de ego. Em vez de buscar ganhos pessoais, a pessoa humilde de espírito tem humildade, não se interessa por si mesma e está naturalmente disposta a abençoar os outros.
Para ilustrar o significado de ser “humilde de espírito”, a quinta seção usa o exemplo de Cristo Jesus curando criancinhas. (2) Quando as crianças se aproximaram de Cristo Jesus, os discípulos tentaram mandá-las embora, talvez porque os discípulos não achavam que as crianças fossem dignas da atenção do Mestre. Mas Cristo Jesus viu o valor delas, a receptividade humilde e característica das crianças, e a disposição natural que elas têm de abençoar os outros (B18, Mateus 19:1,2,13-15). Em outras palavras, Cristo Jesus podia ver que as crianças eram “humildes de espírito” – elas estavam livres do ego e totalmente receptivas ao Espírito. Elas eram puras de espírito sem ego e, portanto, muito receptivas ao Espírito divino.
Como explica Mary Baker Eddy: “Jesus amava os pequeninos por serem livres do que é errado e receptivos ao que é certo. Enquanto os adultos vacilam entre duas opiniões ou lutam com crenças errôneas, a juventude avança fácil e rapidamente em direção à Verdade”.
Ela continua: “Uma menina, que ocasionalmente ouvira minhas explicações, machucou muito um dedo. Ela pareceu não dar importância a isso. Ao lhe perguntarem por que, respondeu com simplicidade: “Não há sensação na matéria”. Saiu saltitante, com olhos risonhos, e em seguida acrescentou: “Mamãe, o dedo não dói nada”.
Poderia ter levado meses ou anos para que os pais pusessem de lado os medicamentos, ou alcançassem a altura mental que a filhinha alcançara com tanta naturalidade” (CS22, p. 236).
A descrição da juventude como dando “passos fáceis e rápidos em direção à verdade” não tem nada a ver com quantas vezes nós viajamos ao redor do sol. É uma mentalidade de ser “humilde de espírito” e receptivo à renovação e refrigério do Espírito divino.
A ideia juvenil de “saltar com olhos risonhos” foi uma frase favorita da fundadora do CedarS Camps, Ruth Huff, que escreveu uma série de histórias sobre interações inspiradoras com seus três netos (todos eles agora com doutorado) e intitulou a coleção: “Laughing eyes” [Olhos risonhos]. (O livro pode ser adquirido no escritório da CedarS durante o verão.)
Certa vez, quando meu filho mais velho tinha quatro anos, seu dedo ficou preso ao fechar a porta do carro. O dia estava muito harmonioso, e ficou imediatamente claro que o bem do Amor preenchia todo o espaço e não poderia haver nada esmagado no reino do Amor. Consegui abrir a porta para liberar seu dedo e, em seguida, segurei meu filho brevemente antes que ele “saltasse com olhos sorridentes”. Foi um momento importante para mim, então tentei de maneira séria fazer com que meu filho se sentasse e me ouvisse explicar sobre a menina da Ciência e Saúde que machucou o dedo e rapidamente soube que “não havia nenhuma sensação na matéria”. E seu “dedo não estava nem um pouco dolorido”.
Meu filho mudou tão rapidamente do incidente do dedo na porta do carro que a história deve ter parecido irrelevante para ele, e ele perguntou: “o que é um dedossauro?” (Estivemos estudando dinossauros durante toda aquela semana.) Eu ri muito e o humor de eu ter tornado a situação muito séria me ensinou a aceitar mais prontamente a receptividade infantil de “sair com olhos sorridentes”. Aprendi mais uma vez que nem tudo precisa ser analisado com seriedade. Aqueles que curam devem rir frequentemente com uma expectativa juvenil. Dou graças a Deus pela receptividade característica das crianças do meu filho em me ajudar a alcançar as alegres “alturas mentais” que ele “alcançou naturalmente” (CS22, p. 236).
Seção 6: Bem-aventurados os que choram
A sexta seção começa com a bem-aventurança: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (B19, Mateus 5:4). Para mim, a ideia por trás de “bem-aventurados os que choram” é semelhante ao poema e hino de Mary Baker Eddy, “Oração Vespertina da Mãe”, que diz:
“Feliz me faz por meu atroz chorar,
Por desalento, ingratidão, desdém.
Espera, ama, ante ódio e mal,
Pois perda é ganho. Deus é o sumo bem.”
(Hinário da Ciência Cristã, n. 207-212).
A ideia de que “perda é ganho” pode parecer difícil de compreender. Mas, basicamente, enquanto perdemos uma visão limitada de algo ou alguém, ganhamos uma visão cada vez mais ampla. E às vezes parece que é preciso perder para nos forçar a aceitar um entendimento expandido. Da mesma forma, somos abençoados quando choramos porque encontramos o conforto de Cristo e nossa perda é um ganho ao descobrirmos uma sensação mais elevada e satisfatória de alegria eterna.
Essa bem-aventurança é ilustrada com a história da mulher cananeia implorando por ajuda porque sua filha estava “horrivelmente endemoninhada”. Em princípio, Cristo Jesus disse que não a ajudaria porque disse que fora enviado às “ovelhas perdidas da casa de Israel”, e talvez ele tenha dito isso porque estava testando sua receptividade e fé. Mas a mãe implorou a ele e disse que ela, como um cachorrinho, estaria disposta a aceitar qualquer migalha de conforto “que caísse da mesa de seus donos” e tudo o que ele pudesse oferecer a ela em seu momento de luta e necessidade. Cristo Jesus ouviu sua humilde disposição de aceitar a cura e de obter por sua fé um entendimento mais amplo e expandido. E, claro, a filha foi curada naquele exato momento (B21, Mateus 15: 21-28).
Sua perda da vontade humana que ela ganhou durante a luta e sua disposição de receber o Consolador a abençoaram para sempre. Cristo Jesus ouviu sua disposição de aceitar a cura e obter um entendimento mais amplo e expandido.
As palavras de Mary Baker Eddy ajudam a explicar como a disposição dessa mulher de receber até migalhas de conforto transformou sua perda em ganho. Ela escreve: “Tudo o que inspira com a sabedoria, a Verdade ou o Amor — seja um cântico, um sermão, ou a Ciência — abençoa a família humana com migalhas de conforto que caem da mesa de Cristo, alimentando os famintos e dando água viva aos sedentos (CS24, p. 234).
Observe que neste relato de cura, Cristo Jesus não interage com a filha da mulher. A humildade e a disposição da mulher em aceitar a cura resultaram na cura da filha. Mary Baker Eddy explica sobre a cura de crianças que: ” Quando se trata de uma criança pequena ou de um bebê, é preciso enfrentar o caso principalmente por meio do pensamento dos pais, seja em silêncio ou audivelmente, na base já mencionada da Ciência Cristã” (CS25, p. 412).
Para mim, foi fundamental lembrar de não confundir essa frase e inverter seu significado. O pensamento calmo e cristão dos pais é receptivo à cura. Sim. Mas isso não significa que os pais sejam os culpados quando um filho não está bem. Se um pai está se sentindo culpado ou com um senso de falsa responsabilidade incitado porque um filho não está bem, então é isso que precisa ser curado … a culpa. Cure o falso sentimento de culpa e ansiedade. A criança é inocente. Os pais podem sentir que estão pisando em um carrossel sem fim de autocensura se aceitarem que todos os desafios que um filho enfrenta são culpa deles. Para se libertar deste ciclo de culpa, a oração mais simples é volver a criança ao Pai divino, com humildade e mansidão. A criança é filha de Deus. E, o pai também é filho de Deus. Eu testemunhei muitas curas com meus filhos quando percebi que não era a mãe responsável … Deus é o Pai dos meus filhos e de mim e de todos.
Na história de Cristo Jesus e a mulher, foi o Cristo que curou. Como a mãe nesta história, todos os pais podem entregar seus filhos a Cristo, o Consolador, e experimentar a cura. E sabemos que: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”.
Seção 7: Bem-aventurados os pacificadores
A seção final começa com a bem-aventurança: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (B22, Mateus 5: 9). Esta seção enfatiza as crianças reunidas com alegria e harmonia, governadas por Deus. Inclui uma mensagem do profeta Zacarias que descreve uma visão da “cidade da verdade” onde as ruas da cidade estão cheias de meninos e meninas brincando (B23, Zacarias 8: 3-8). Isso se conecta com a promessa pacífica que Isaías nos dá: “O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará” (B25, Isaías 11:6; CS29, p. 514). A visão de Isaías oferece uma oração maravilhosa que pode inspirar nossa compreensão de escolas e crianças em idade escolar em todo o mundo. E essa visão profética ajudou Mary Baker Eddy a ver que “Todas as criaturas de Deus, movendo-se na harmonia da Ciência, são inofensivas, úteis, indestrutíveis” (CS29, p. 514). Ao longo de sua vida, Mary Baker Eddy manteve um amor profundo pelas crianças e uma receptividade infantil da “harmonia final”. Ela afirma: “A disposição de tornar-se como uma criança e de deixar o velho pelo novo faz com que o pensamento seja receptivo à ideia avançada. A satisfação de deixar os falsos pontos de referência e a alegria de vê-los desaparecer — essa disposição contribui para apressar a harmonia final” (CS22, p. 236; CS28, p. 323). O fato de esta Lição Bíblica sobre o Homem enfocar tanto nas crianças pode ajudar cada um de nós a despertar para o fato de que somos todos filhos de Deus, não os adultos de Deus. Todos nós somos cuidados com ternura pelo Pai divino. Pode ser tentador sentir que estamos sobrecarregados com as responsabilidades de adultos quando temos que comprar nosso próprio papel higiênico e procurar as melhores taxas de seguro.
Essas coisas mundanas parecem hipnotizar-nos para que pensemos em nós mesmos como adultos. Mas todas essas supostas responsabilidades podem ser cumpridas com alegria infantil e sem esforço. Somos crianças. Nosso Pai divino está nos guiando e protegendo cada passo do caminho, proporcionando uma atmosfera perfeita de alegria e diversão. Podemos deixar nosso velho senso de peso ir embora. Podemos renunciar a opiniões humanas como a auto importância, tradição e desculpas. E podemos “dar passos fáceis e rápidos” em direção ao desdobramento da harmonia final. E, lembrem-se, “… todos vocês são filhos do Altíssimo” (GT, Salmos 82:6).
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A equipe de tradução para o português é composta por Elisabeth Zir Friedrichs, Ovídio Trentini e Laura Soriano Yawanawa, preparação de Leila Kommers, formatação de Ana Paula Steffler e revisão geral de Miguel De Castro. Visite o site Associação dos Alunos de Ciência Cristã do Professor Orlando Trentini, CSB. Ali você encontrará esta tradução e as anteriores para estudo, podendo baixar e partilhar esse copo de água fresca com seus amigos.
Os estudos metafísicos dos Cedros sobre o estudo diário da Lição Bíblica da Ciência Cristã, contendo ideias de aplicação metafísica, são oferecidos, durante todo o ano, para que os amigos da Ciência Cristã vejam e demonstrem o grande valor do estudo diário da LB.
Os Cedros são um suplemento para a LB. O estudo em inglês será publicado na 2a. feira no link https://cedarscamps.org/inspiration/